Segundo dados divulgados recentemente pela Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL), 67% dos brasileiros não têm o hábito de guardar dinheiro
“Muitas pessoas acreditam que só é possível guardar
dinheiro se o salário for um valor exorbitante, mas, com um pouco de disciplina
e cuidado, reservar uma pequena quantia para emergências ou projetos futuros é
possível”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe
Educação Financeira. Assim como qualquer outra atividade que,
guardar dinheiro é um hábito que, no início, pode exigir um pouco de empenho,
mas com o tempo acaba se tornando algo.
“O primeiro passo é fazer uma lista de tudo o que
você gasta durante o mês, e essa lista precisa ter tudo, literalmente, como por
exemplo um corte de cabelo, o café da manhã na padaria, gastos com crédito no
celular e refeições em restaurantes ou por aplicativos de delivery”, ressalta
Cespe. Feito essa lista, é hora de passar o pente fino, ou seja, selecionar os
gastos que não tem como cortar, como é o caso da conta de energia elétrica e
água, o gás e as despesas de mercado dos itens necessários.
“Ao invés de pedir comida por delivery, aproveite
para cozinhar em família, se o celular é pré-pago, procure um plano mais em
conta; se a pessoa só se locomove com o carro, ande mais de transporte público,
enfim, são pequenos passos capazes de mudar completamente o orçamento do mês”, diz o
educador financeiro. Depois de selecionar o que é prioridade e o que não é
prioridade nos gastos do mês, é hora de traçar os planos.
Muitos sonham com a casa própria, um carro novo ou
até com o casamento dos sonhos. Alguns costumam realizar essas aquisições sem
qualquer planejamento, pois acreditam que parcelar o valor total é a solução.
No entanto, imprevistos podem acontecer, e uma pequena parcela pode virar uma
dívida imensa. “É importante reservar uma boa quantia para algum projeto maior, isso
acaba motivando as pessoas a economizar, pois elas ficam empolgadas em realizar
o sonho e percebem que tudo fica mais fácil quando se tem uma boa reserva para
dar como entrada”, pontua Cespe.
Outro questionamento recorrente é sobre o valor
ideal a ser guardado. A regra é simples: precisa ser uma quantia que não
comprometa o pagamento das contas essenciais. Sendo assim, podem ser valores
como R$10, R$20 ou R$30 por mês. Mesmo sendo quantias pequenas, a longo prazo
os resultados podem ser bastante surpreendentes.
Crédito ou débito?
O cartão de crédito facilitou muito as compras,
mas, se não for utilizado com cautela, pode acabar se tornando um problema. “Jamais
compre algo por impulso, pense bem antes de efetuar uma compra e, sempre que
possível, pague contas menores à vista”, afirma o educador
financeiro. Existem também alguns truques conhecidos que aliviam o orçamento,
um deles é a comprar roupas: compre-as fora da estação, ou seja, compre roupas
para o inverno no verão e roupas para o verão no inverno.
Investimentos acessíveis
Muitos ainda acreditam que o mundo dos
investimentos é um universo complexo, acessível apenas àqueles quem possuem uma
renda mensal vultuosa e vasto conhecimento na área, entretanto, existem
investimentos para todos os tipos de perfis. “É importante pesquisar sobre o assunto, pois
existem educadores financeiros que cobram valores acessíveis para instruir quem
quer conhecer mais sobre esse universo. Com R$30 é possível investir em títulos
de tesouro, por exemplo, e alguns títulos podem ter liquidez diária, só
necessitando ter atenção às taxas de cada um deles”, finaliza
Cespe.
Cespe Educação Financeira - criada pelo educador financeiro
Tiago Cespe.
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