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quarta-feira, 2 de março de 2022

Uso simultâneo de medicamentos: é perigosa essa interação?

Os medicamentos são itens importantes para aliviar dores e tratar doenças, interferindo diretamente na qualidade de vida das pessoas. Nos últimos anos, o uso de remédios tem aumentado devido ao envelhecimento da população e ao crescimento de doenças crônicas, como, por exemplo, diabetes e pressão alta. Com isso, tem se tornado comum o uso de mais de um medicamento em um dia, principalmente por pessoas acima de 60 anos.

 

A polimedicação, ou seja, o consumo de múltiplos fármacos, pode trazer benefícios, desde que acompanhada por um profissional de saúde. A farmacêutica da Drogarias Pacheco, Iwanna de Paula Furtado Gomes, explica que o termo se refere à utilização simultânea de medicamentos diferentes, para tratamentos a longo prazo e alerta que a administração deve ser realizada na dose certa, no tempo determinado e nos horários prescritos pelo médico, para não correr o risco de eles interagirem entre si e causarem reações adversas, como diminuição dos efeitos desejados, agravamento do quadro clínico ou, até mesmo, levar a óbito. “A combinação com alimentos ou bebidas também pode trazer resultados inesperados”, avisa.

 

Quando o paciente vai ao médico, é fundamental que ele relate ao profissional todos os medicamentos dos quais faz uso contínuo. Assim, ele conseguirá fazer uma avaliação mais assertiva sobre o caso e indicar qual remédio a pessoa poderá fazer uso, sem correr riscos de reações adversas em decorrência da interação medicamentosa, visto que a combinação otimizada pode minimizar danos, aumentar a longevidade, melhorar a qualidade de vida e curar. “É preciso avaliar cada caso e buscar ajuda de um profissional, pois os medicamentos usados de forma correta e racional são aliados da boa saúde”, destaca Iwanna.

 

Por isso, é fundamental seguir as orientações do profissional de saúde para a utilização de qualquer medicamento e não se automedicar. A automedicação é vista, muitas vezes, como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, mas é considerada perigosa, pois, além de provocar reações com outros medicamentos e alimentos, pode esconder o diagnóstico de alguma doença e agravar uma enfermidade preexistente. “Além disso, vale reforçar que o consumo de medicamentos em dosagens mais elevadas e sem orientação pode causar sérios danos ao organismo, como choque anafilático, hepatite tóxica, tonturas, visão turva, entre outros”, alerta a farmacêutica.

 

 

Grupo DPSP

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