No Dia Mundial da Audição, Hospital Paulista alerta
à importância de buscar um otorrinolaringologista preventivamenteShutterstock
Relatório
Mundial sobre Audição, publicado em 2021 pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), indica que mais de 1,5 bilhão de pessoas passam por algum declínio em
sua capacidade auditiva -- diminuição na audição que não é considerada
deficiência, mas que pode evoluir com o tempo -- durante a vida e, deste
montante, ao menos 430 milhões precisarão de cuidados.
No entanto, conforme a OMS, ao menos 1 bilhão contam com algum grau de
deficiência auditiva. A estimativa é que, até 2050, este número chegue a 2,5
bilhões em todo o mundo.
O Dia Mundial da Audição, lembrado em 3 de março,
destaca a importância da saúde auditiva e da comunicação em todas as fases da
vida, além fazer um alerta para o papel fundamental que a especialidade de Otorrinolaringologia
exerce no diagnóstico precoce de doenças que possam afetar o ouvido.
Não à toa, a mesma data foi definida para celebrar o Dia Nacional do
Otorrinolaringologista, especialista responsável pelo diagnóstico de problemas
do ouvido (oto), nariz (rino) e garganta (laringo).
Segundo o otorrinolaringologista Fabiano Haddad
Brandão, do Hospital Paulista, nas grandes cidades, além do uso excessivo de
fones de ouvido, é cada vez maior a exposição das pessoas a ruídos elevados.
“Somado à não realização periódica de exames auditivos, este cenário tem o
potencial de gerar cada vez mais pacientes com perda parcial e até definitiva
da capacidade de ouvir”, afirma. “No caso das crianças, quase 60% das perdas
auditivas se devem a causas evitáveis, como doenças preveníveis por vacinas”,
reitera o especialista.
Cuidados básicos
Em 2019, Pesquisa Nacional de Saúde apontou que 2,3 milhões de brasileiros -- 1,1% da população total -- declararam possuir muita dificuldade ou não conseguir de modo algum ouvir.
Dr. Fabiano ressalta que os riscos de perda auditiva permanente podem ser
evitados através de recomendações simples a serem seguidas no dia a dia.
Segundo o especialista, a população precisa tratar corretamente as infecções de
ouvido. “Quando surgir qualquer tipo de problema, é importante buscar um
otorrino o quanto antes. Deve-se sempre evitar a automedicação,
independentemente se ela for ingerida ou pingada. Para qualquer tipo de
medicação, é imprescindível a orientação médica.”
Por fim, deve-se evitar som excessivamente alto e o
uso de hastes flexíveis para a limpeza das orelhas. Para lugares com alto
índice de ruídos, o médico indica o uso de protetores auditivos.
Sintomas
Dr. Fabiano recomenda que as crianças façam uma
consulta anual com o otorrinolaringologista e, depois, sigam a programação
passada pelo especialista.
Para adultos, o médico destaca que não há uma
referência específica no que se diz respeito à frequência. No entanto, listou
alguns sintomas que podem servir de alerta para a necessidade de uma visita ao
especialista, e que valem para todas as faixas etárias:
· Falar muito alto;
· Pedir para repetir o que foi dito e falar com
frequência a expressão "o que?”;
· Não responder quando chamado;
· Assistir TV ou ouvir rádio com volume muito alto;
· Ter dificuldades para compreender em locais com
ruído ou ao telefone;
· Ter a sensação de que ouve, mas não entende;
· Perceber o aparecimento de zumbido.
“Em crianças, comportamentos associados à desatenção,
atraso na aquisição da fala, baixo desempenho escolar e dificuldades no
aprendizado também podem indicar a existência de algum problema auditivo”,
finaliza.
Hospital
Paulista de Otorrinolaringologia
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