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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Seconci-SP alerta para os riscos da sífilis não tratada, em especial nas gestantes

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada 100 mil brasileiros, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida, em 2020

 

No terceiro sábado de outubro é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (dia 16). Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para a sífilis adquirida, mais prevalente na faixa etária de 20 a 39 anos. A supervisora médica do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Luiza Sanches Maia de Souza, destaca que a doença tem cura, mas pode trazer riscos para a saúde se não tratada da forma correta. 

“A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ter várias manifestações clínicas e diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença”. 

A médica explica que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o ato sexual sem preservativo com alguém infectado, através de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. “Por isso a importância do uso de preservativo e acompanhamento durante a gestação (pré-natal), que são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção”. 

Na fase primária, geralmente surge uma única ferida, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

“Os sinais e sintomas da sífilis secundária aparecem entre seis semanas e seis meses após o surgimento e cicatrização da ferida inicial. Podem ocorrer manchas pelo corpo que, geralmente, não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são também ricas em bactérias. A pessoa contaminada está sujeita a febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo”, explica dra. Luiza.

 

Diagnóstico e tratamento

“O diagnóstico é feito pela avaliação clínica, testes rápidos e exames laboratoriais. E o tratamento é à base de penicilina benzatina. Essa medicação não se aplica ao estágio terciário, que é o mais grave, chegando a acarretar doenças cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte”, afirma dra. Luiza. 

Segundo a médica, as gestantes exigem especial atenção, pois a sífilis não tratada pode causar sequelas graves no bebê, como surdez, cegueira, deficiência mental ou mesmo a morte ao nascer. “Por isso a importância de se fazer o pré-natal corretamente. São feitos três exames para detectar sífilis, um a cada trimestre da gestação. O último é feito na sala de parto. O parceiro sexual também tem de ser testado e tratado, para evitar a reinfecção”. 

Dra. Luiza ressalta que o mais indicado é se observar, pois o aparecimento de manchas ou feridas pelo corpo merece uma consulta ao médico, para o correto diagnóstico e tratamento, evitando assim que uma doença que tem cura, evolua e possa gerar complicações graves.


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