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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Reconstrução mamária e mitos da cirurgia

A maioria dos pacientes com câncer tem indicação para reconstrução de mama!

 Cirurgião plástico Dr. Diogo Coelho explica os diferentes tratamentos pós cirurgia ou quimioterapia

 

Olhar no espelho após a mastectomia (a remoção cirúrgica parcial ou total da mama) nem sempre é fácil, infelizmente. Além de todos os sintomas e efeitos colaterais do pós-operatório e terapias complementares como queda de cabelo e enjoos, a paciente oncológica ainda tem que lidar com o estresse e angustia de ter vivenciado essa situação e com sua autoestima, que fica abalada sem dúvida.  

Mas a grande maioria das mulheres que passa pelo procedimento tem indicação para a reconstrução mamaria, sabia? Essa decisão deve ser conversada com o médico e cada paciente precisa ser avaliada para saber qual será a melhor técnica para seu caso. 

Dr. Diogo Coelho aproveita o Outubro Rosa para explicar melhor os diferentes tipos de cirurgia após o diagnóstico de câncer. O médico tem especialização e vasta experiência clínica no Hospital Pérola Byington de São Paulo, em Cirurgia Reconstrutora da Mama. 

Vale destacar que reconstrução mamária envolve a força tarefa de vários especialistas que vão trabalhar em conjunto para a reabilitação integral da mulher. Como prioridade também, informá-la sobre riscos e sequelas de cada procedimento. A conversa começa desde o acompanhamento do diagnóstico pelo oncologista, a retirada do tumor (que feita pelo mastologista), em seguida a reconstrução mamária por um cirurgião plástico. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cerca de 70% das pacientes oncológicas precisam recorrer a mastectomia.  Diante desse cenário e dos números alarmantes de novos casos todos os anos, a decisão da técnica escolhida dependerá, primeiramente, do estágio no qual a doença se encontra. 

“A minha meta diria é cuidar da autoestima da mulher. Com os avanços da medicina nesta área, é possível apresentar alternativas efetivas para que a paciente tenha qualidade de vida física e emocional. Dessa forma, a reconstrução mamária pode ser realizada com diferentes técnicas, por exemplo, com os expansores de tecido, que estão sendo cada vez mais utilizados. Já os implantes de próteses também podem ser colocados no mesmo dia da cirurgia, dependendo do caso”, explica Dr. Diogo. 

Outra técnica que o cirurgião plástico utiliza são os retalhos de pele de músculo que podem vir do abdômen, das costas ou até mesmo do glúteo, para dar naturalidade para as mamas e sem muitos riscos pós- operatórios.

 

Outras dúvidas comuns das pacientes: após a reconstrução mamária, a sensibilidade local pode não voltar, principalmente nos retalhos. Os hematomas e inchaços podem durar até três meses. Exercícios físicos e uso de sutiã devem ser analisados em cada tipo de reconstrução.

“Os riscos são os mesmos de qualquer cirurgia, inclusive seguimos todas as normas de segurança indicadas neste período de pandemia. Outro fato interessante do universo feminino, é que desde julho do ano passado as cirurgias estéticas também cresceram muito, entre elas, o Mommy Makeover ( junção de plástica de mama, abdômen e lipoaspiração para mulheres no pós-parto). As mulheres estão aproveitando para realizar o sonho da boa forma e autoestima em frente do espelho. As pacientes oncológicas também”, finaliza Coelho.

 

MITOS E VERDADES SOBRE MAMA

 

Desmistificando Silicone versus Amamentação 

Afinal, a prótese mamária e o aleitamento materno são compatíveis? A mulher que colocou próteses de silicone pode amamentar normalmente? 

Fique tranquila! Desde que colocada adequadamente, não há qualquer empecilho ou interferência no aleitamento materno. Normalmente o implante de silicone é colocado embaixo da glândula mamária ou embaixo do músculo peitoral, e em nenhum dos casos há qualquer tipo de interferência na produção de leite ou em seu sabor. 

No caso da mastopexia ou da mamoplastia redutora, onde algumas vezes a prótese também pode ser usada, ainda assim não estará em contato com o leite. Mas a técnica para estes tipos de cirurgias nas quais muitas vezes grande parte do tecido mamário é retirado ou mesmo há um deslocamento grande da aréola, algum tipo de prejuízo na amamentação pode ocorrer, dependendo do caso. Mas a prótese nunca é a culpada nesses casos.

 

A Prótese de Mama Precisa Ser Trocada?

O silicone não é um material que dura para sempre, uma vez que tem data de validade. Em decorrência disso, há um momento que precisa ser trocado. Portanto, verdade!

 

É Possível Fazer uma Reconstrução Mamária? 

O tipo de reconstrução de mama depende inicialmente do estágio da doença e do tipo de cirurgia que o mastologista irá realizar: Temos a colocação de expansores, que ajudam a dar volume e "esticam " a pele da mama operada Temos os retalhos de pele e músculo, representados principalmente pelo do abdômen (TRAM), que lembra um pouco uma abdominoplastia. E o de Grande Dorsal, usando pele e músculos das costas. Temos retalhos locais, onde a pele ao redor da mama pode ser usada Retalhos microcirúrgicos, onde uma parte de pele e músculo distantes da mama operada, são revascularizados para recompor o tecido retirado no tratamento do câncer. 

Sim, é possível fazer uma reconstrução mamária e viver naturalmente. 

Mamoplastia versus Mastopexia 

Apesar dessas duas cirurgias plásticas serem realizadas nas mamas e terem nomes parecidos, a Mamoplastia e Mastopexia possuem objetivos diferentes.


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