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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Outubro Rosa


No mês conhecido pela cor rosa, a médica Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), explica o papel importante da dermatologia nos cuidados com a pele, unhas e cabelos para as mulheres que estão em tratamento de combate ao câncer de mama, já que os mais comuns, como a radioterapia e a quimioterapia, podem causar vários danos e incômodos.

"A região das mamas é naturalmente muito sensível, e ao ser submetida à alta temperatura da radioterapia, a mulher pode sentir coceira, ardência e sensação bem desagradável no local. Por isso é importante lavar a região das mamas com sabonete neutro, manter a área limpa e seca, evitar produtos à base de álcool e perfumes e não tomar sol no local", ensina.

Se o tratamento for com quimioterapia, podem ocorrer vários efeitos dermatológicos, como ressecamento da pele, coceiras, alterações na pigmentação, surgimento de acne, síndrome mão-pé (ressecamento que pode causar rachaduras, vermelhidão, descamação), problemas nas unhas devido à baixa da imunidade, muita sensibilidade ao sol e a tão conhecida queda dos cabelos.

Para se livrar de qualquer incomodo, Dra. Adriana lista 7 recomendações essenciais para manter a saúde e a autoestima durante o tratamento.

• Ressecamento de pele:

O uso de hidratantes específicos para o corpo e o rosto, que sejam não-comedogênicos (não formadores de cravos), sem perfumes e hipoalergênicos, a fim de minimizar a chance de irritação e alergias;

• Coceiras:

Banhos rápidos e com água morna, são mais indicados. Também é importante não esfregar a pele na hora de secar e hidratar bastante a pele após o banho;

• Alteração na pigmentação:

Evitar exposição ao sol e usar maquiagem hipoalergênica. A pele fica muito sensível durante os tratamentos e, por isso, caso o paciente já possua manchas, é importante aguardar o término da quimioterapia ou radioterapia para verificar a possibilidade de uso de clareadores e ácidos, com um dermatologista;

• Síndrome mão-pé:

Utilizar sabonetes suaves e hidratantes (indicados pelo médico) várias vezes ao dia;

• Unhas:

As condições melhoram com o término da quimioterapia, mas não devem ser utilizados produtos à base de acetona e recomenda-se usar somente esmaltes hipoalergênicos;

• Sensibilidade ao sol:

Manter braços e pernas cobertos (tecidos com proteção UVA e UVB), óculos escuros e chapéus, filtro solar (fator pelo menos 30) e evitar exposição solar das 10h às 15h, mesmo em dias nublados;

• Queda de cabelos:

Alguns cuidados como o uso de toucas com resfriamento, durante a quimioterapia, podem ajudar a minimizar a queda.

Quando necessário escolher perucas que tenham fita adesiva hipoalergênica, e o recomendado é que seja feito o teste com adesivo no braço por 24 horas, antes de iniciar o uso. Caso opte por perucas coladas por 20 a 30 dias, que a base seja em silicone.

Vale lembrar que após a liberação médica podem ser realizadas sessões de laser e intradermoterapia, com medicações e vitaminas, que aceleram o crescimento capilar.

 

 

Dra Adriana Vilarinho - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD - Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE - SP 27.614

https://www.instagram.com/clinicaadrianavilarinho/?hl=pt-br

https://www.adrianavilarinho.com.br/


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