Para economista da
ESPM, isso é quase impossível, devido aos traumas vividos pelo país na década
de 80
O congelamento de preços na Argentina, anunciado na
última quarta-feira, 13, e adotado como um "remédio" contra a
escalada da inflação, é uma situação isolada, segundo Cristina Helena Pinto de
Mello, economista da ESPM.
Para a economista, esse tipo de medida encontraria
muita resistência no país, sobretudo devido aos traumas gerados por ações
parecidas durante a década de 80. “A história mostra que o congelamento de
preços, com a interferência nas regras do mercado e na precificação de produtos
e serviços, não funciona. Esse tipo de medida até controla os preços, mas por
um período muito curto de tempo. Pela experiência passada no Brasil, isso deve
ser fortemente evitado”, diz.
Apesar de acreditar que o Brasil não corre o risco
de um congelamento, Cristina alerta que, pela proximidade e importância da
Argentina como parceira comercial, as medidas tomadas pelo governo de Alberto
Fernández podem afetar a economia brasileira. “Um exemplo, seria um possível
aceleramento da precificação por conta do receio de congelamento”,
afirma.
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