Os produtos
pré-pagos continuam sendo a opção preferida dos brasileiros, pois ajudam a
administrar melhor as finanças
O Brasil está entre os maiores usuários de serviços
de telefonia pré-pagos em todo o mundo, quando comparados às outras grandes
economias em desenvolvimento, de acordo com a segunda edição do Global Pre-Paid
Index (GPI) da Ding. A pesquisa apontou que
86% dos brasileiros utilizam o serviço pré-pago, atrás apenas da Arábia Saudita
(89%), entre os países pesquisados. Isso é maior que os 82% que usam serviços
pré-pagos no México, país relevante no mercado latino-americano.
“O Brasil mostra uma preferência massiva por opções
de celular pré-pago”, afirma o fundador e presidente-executivo da Ding, Mark
Roden. “A flexibilidade oferecida pelos serviços pré-pagos é muito mais
atraente para a maioria do mercado brasileiro do que as caras opções de
contratos de longo prazo”.
Fatores econômicos
As principais razões que os brasileiros citaram ao
optar pelo pré-pago foi que isso os ajudava a fazer um orçamento melhor (37%) e
que eles queriam pagar apenas pelo que usavam ou precisavam (35%).
Isso pode estar ligado a uma crise de confiança
quando se trata de estabilidade econômica, como apontou a pesquisa. Apenas 28%
dos brasileiros se sentem positivos em relação à economia brasileira. Os
entrevistados estão também menos otimistas sobre o futuro de sua economia nos
próximos 6 meses comparados a outras nações.
“O formato pré-pago permite que as pessoas tenham
maior controle sobre suas finanças”, diz Roden. Por outro lado, isso também
reflete como as pessoas se organizam em relação à vida financeira, em um
momento em que o número de inadimplentes no Brasil aumentou devido à crise
econômica.
Segundo o Mapa da Inadimplência, divulgado pela
Serasa, mais de 62,25 milhões de brasileiros estavam endividados em agosto, ou
seja, esta é a quantidade de pessoas com acesso restrito ao crédito e com
contas vencidas. Houve um aumento de 3 milhões de inadimplentes em relação ao
mês de julho.
Uso de redes sociais
O Brasil é uma nação amiga dos aplicativos. De acordo com a pesquisa, há um
alto nível de confiança nas plataformas de mídia social no Brasil (80%), com o
país ocupando a 4.ª posição em todos os mercados apurados.
Em relação aos aplicativos mais populares, o WhatsApp se destaca como o aplicativo mais usado no Brasil (85%). É seguido por Instagram (76%) e Facebook Messenger (65%).
Celulares no Brasil
Independentemente da situação econômica, os
celulares foram citados como a primeira coisa que os brasileiros não podiam
passar um dia sem utilizar: a afirmação foi feita por sete em cada dez
entrevistados (68%). Isso é maior que falar com a família (54%), navegar nas
redes sociais (42%) ou falar com amigos (26%).
O estudo também descobriu que os brasileiros
continuam a ser uma das principais nacionalidades no mundo a enviar e receber
recarga de amigos e familiares. Seis em cada dez (59%) brasileiros enviaram ou
receberam recargas pré-pagas nos últimos seis meses, com 29% enviando e 36%
recebendo diariamente ou semanalmente.
“É evidente, a partir de nosso estudo, que enviar e
receber recarga é uma tendência importante, pois as pessoas permanecem
conectadas. Esperamos que o uso dessas ferramentas continue crescendo à medida
que o mundo se movimenta digitalmente, onde precisamos de nossos telefones não
apenas para falar uns com os outros, mas para administrar nossas vidas”,
analisou Roden.
A pesquisa global, conduzida em setembro, foi
encomendada pela Ding, líder mundial
em serviço de recarga de celular, e examinou as opiniões de 6.250 entrevistados
em oito mercados principais: Brasil, México, Índia, Indonésia, Filipinas,
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Alemanha e Nigéria.
Ding/Divulgação
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