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Especialistas alertam que pessoas obesas são mais
vulneráveis ao risco de suicídio. “Pensando na gordofobia e nos indivíduos que
sofrem preconceitos por estarem acima do peso - a OMS considera a questão da
obesidade um dos maiores problemas de saúde pública. No Brasil, mais da metade
da população está com sobrepeso e isso traz riscos em diferentes contextos,
além dos casos de suicídios que crescem e podem estar relacionados com
histórico de agressões vinculados com o corpo fora dos padrões sociais
esperados”, alerta a doutora Rafaela de Faria, psicóloga e professora do curso
de Psicologia da Universidade Positivo (UP).
Ela lembra, ainda, que pessoas que estão acima do
peso costumam ser vítimas de bullying na sociedade. “Muitas pessoas sofrem
piadas e julgamentos, além dos problemas de saúde relacionados com essa
condição, as questões de cunho emocional afetam a conexão desses indivíduos com
seus corpos e suas relações, tanto no contexto pessoal, como no profissional”,
conclui. Uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho - classificado on-line de
currículos e vagas - com 31 mil executivos, identificou que 65% dos
presidentes e diretores de empresas tinham alguma restrição na hora da
contratação de pessoas obesas. Ainda conforme os dados do estudo, o mercado
paga melhor aos magros.
Segundo a psicóloga, é fundamental que esse
tipo de orientação se inicie ainda na infância, com abordagem dos valores, já que
é papel de todos entender como isso ocorre, para que essa rede de preconceito
diminua. “Essa construção, que vem desde a infância, a partir de xingamentos,
de piadas, vai construindo um indivíduo com autoestima frágil e, com isso traz
tristeza, desespero, recusa de se expor, em função do julgamento das outras
pessoas. Temos a vítima, o agressor e os observadores que estão neste contexto,
então é função de todo mundo entender como isso ocorre e cortar essa rede de
preconceito relacionado não só com as pessoas que estão acima do peso, mas
também com quem pode ser atingida ou agredida em função de outras
características específicas", finaliza Rafaela.
Universidade
Positivo
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