Apesar
de raro, jovens também podem receber o diagnóstico de demência
O Alzheimer está entre
os tipos de demências mais comuns na literatura médica. Estima-se que, no
Brasil, cerca de 1,2 milhões de pessoas sejam acometidas pela doença, segundo a
Organização Mundial de Saúde. A idade é o principal fator de risco para o
Alzheimer e, na maioria das vezes, o diagnóstico chega após os 65 anos, quando
surgem os primeiros sintomas: esquecimentos predominantes e dificuldade de
lembrar sobre acontecimentos recentes são alguns sinais que indicam a doença.
O médico neurologista
e professor de Medicina da Pitágoras Eunápolis, Dr. Frederico Lopes, explica o
processo evolutivo da enfermidade. "A doença de Alzheimer normalmente preserva
a memória antiga em detrimento de fatos novos. O paciente tem dificuldade para
realizar tarefas, esquece onde guardou objetos, e, posteriormente, evolui para
um quadro que o impede de desenvolver atividades rotineiras, dificuldade de
processar informações e gerenciar a própria vida, caracterizando um quadro
demencial", afirma.
Apesar de ser mais
comum em idosos, pessoas jovens também podem apresentar um déficit de memória,
principalmente nos casos hereditários, em que o paciente pode receber o diagnóstico
precoce, antes dos 65 anos, como alerta o especialista. "Quando há casos
de Alzheimer precoce entre parentes de primeiro grau (pai, mãe e irmãos), há um
risco maior de desenvolvimento da doença antes da terceira idade. Ainda que
seja raro, é importante um acompanhamento médico para investigar os possíveis
riscos", aconselha o especialista.
Confira algumas
orientações médicas para prevenir a doença:
• Ter sono de
qualidade: durante o sono, o corpo realiza funções reparadoras. Noites mal
dormidas podem afetar importantes funções cognitivas e fragilizar as atividades
cerebrais;
• Atividade física
diária: essencial para o pleno funcionamento de todo o corpo, o exercício
físico desempenha papel essencial para as funções cognitivas.
• Controle de fatores
de risco: doenças como diabetes, colesterol alto e hipertensão também podem
afetar as funções cerebrais. Cuidar da alimentação e controlar doenças crônicas
é fundamental no combate ao Alzheimer;
• Tempo de leitura: o
exercício mental é importante para fortalecer as relações neuronais, reduzindo
a presença de quadros demenciais
Kroton
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