Franco Bonetti,
coordenador dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina do Centro
Universitário Módulo, avalia como a ação humana está refletindo negativamente
no ecossistema e orienta sobre como diminuir o impacto no meio ambiente
Inúmeras são as consequências advindas da ação
humana, sejam elas no campo da ciência, tecnologia, do urbanismo ou da
natureza. Atualmente, as ondas de calor intensa, chuvas carregadas e volumosas
e ar seco são reflexos dessa intervenção no meio ambiente.
Professor e coordenador dos cursos de Ciências
Biológicas e Biomedicina
do Centro
Universitário Módulo, instituição que integra a Cruzeiro do
Sul Educacional, Franco Bonetti diz que as ações
humanas podem influenciar drasticamente na variação das temperaturas. A queima
de combustíveis é um exemplo. “Resulta na maior emissão de monóxido de carbono,
e, consequentemente, impacta e contribui para o aumento da velocidade do
aquecimento global. O desmatamento diminui a oxigenação do ar e o sequestro do
gás carbônico da atmosfera, realizado pelas plantas”, complementa.
“A atuação humana proporciona alterações no meio
ambiente e que, por consequência, afetam a vida de toda a população. Situações
como a que vivemos neste momento, em que o inverno apresenta temperaturas
semelhantes às do verão, ocasionam uma aceleração no ciclo de diferentes
espécies, influenciando a quantidade de indivíduos de um ecossistema”, enfatiza
Franco.
O especialista ainda exemplifica que os insetos em
geral se reproduzem em climas mais quentes e, assim, diminuem a quantidade de
indivíduos no inverno. “Com esta linearidade de temperatura elevada acima dos
padrões médios, o número de insetos está aumentado, trazendo doenças que não
são comuns de acontecerem com tanta incidência nas épocas mais frias do ano”.
De acordo com o docente, as alterações climáticas
podem provocar transformações em diversos ecossistemas da Terra, como em
florestas tropicais, geleiras dos polos e os recifes de corais, resultando em
mais de 50% de destruição de espécies conhecidas. “Sem mencionar os danos que
podem impactar diretamente a vida da espécie humana e como consequência seus
hábitos alimentares e até mesmo na economia”, acrescenta.
Franco finaliza dando dicas para o cenário. “Uma
medida relativamente eficaz poderia ser a substituição de árvores exóticas por
outras de espécie nativas com a finalidade de manter o equilíbrio do
ecossistema local”, conta. Ele ainda frisa orientações já são conhecidas por
todos, entre outras: a diminuição da emissão de gás carbônico, por meio da
utilização de transportes alternativos; a redução do uso indevido de água;
evitar o consumo exagerado de energia; separar os lixos orgânicos e recicláveis;
utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis e não jogar lixos nas ruas.
Centro Universitário Módulo
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