Segundo docente de
economia e finanças da UNICID, Walter Franco, esta nova ferramenta visa
simplificar e agilizar os processos financeiros do Brasil
Com a pandemia do novo coronavírus, o país vem
sentindo as consequências econômicas no mercado financeiro. Junto com essa
problemática, vemos uma sociedade cada vez mais consumidora de plataformas on-line,
e consequentemente, novas tendências digitais estão surgindo para auxiliar
empresas e pessoas com suas finanças, negócios e transações de forma remota.
Diante de um cenário que propícia cada vez mais a
adoção de tecnologias remotas, fato este impulsionado pelo isolamento social, o
Open
Banking termo em inglês que significa banco aberto, vem para
atender essa nova realidade. O Open Banking prioriza o
compartilhamento de dados bancários pessoais entre instituições bancárias
buscando o aumento de competitividade no mercado brasileiro. A nova solução
ainda promete simplificar e agilizar os processos financeiros no país, pois
possibilita que haja uma troca de informações entre bancos de dados de
instituições financeiras.
Segundo Walter Franco, docente da Universidade
Cidade de S. Paulo (UNICID), instituição que integra o grupo Cruzeiro do Sul
Educacional, o Open Banking desenvolverá uma ampla rede de dados entre
as Instituições Financeiras (IF's) e possibilitará o aumento da eficiência, da
produtividade, da competitividade do sistema Financeiro Nacional (SFN), que irá
permitir o crescimento significativo das operações bancárias de forma
eficiente, produtiva e viabilizando inclusive reduções significativas de custos
no mercado como um todo.
“O Open Banking demandará que o
cliente - Pessoa Física ou Pessoa Jurídica - dê o consentimento do
compartilhamento de suas informações pessoais, dados bancários, histórico de
transações e principais produtos bancários normalmente utilizados entre bancos,
por exemplo”, explica o especialista.
Franco argumenta que a nova solução conta com o
desenvolvimento de uma API – termo em inglês para interface de programação de
aplicações – que permitirá compartilhar informações cadastrais. A vantagem
está que um banco de dados unificado e compartilhado irá gerar maior segurança
à uma instituição na hora de dar crédito para uma pessoa ou empresa, o que
impactará em taxas de juros menores neste financiamento, por exemplo, ou ainda
oferecer serviços mais personalizados de acordo com a realidade de cada
cliente.
“Ao aderirem ao novo serviço, as instituições
financeiras poderão partilhar linhas de crédito utilizadas com seu volume e
custos; os produtos normalmente utilizados; dados pessoais (documentos); uso ou
não de previdência privada; quantidade, bandeira, limites dos cartões de
crédito etc, dando ampla competitividade ao Sistema Financeiro Nacional, pois a
concorrência passará a ser aberta”, argumenta o especialista.
O docente ainda reforça que o objetivo do Open
Banking é dar às pessoas controle de suas transações aumentando oferta,
diminuindo a interferência no processo de decisão e forjando maior
competitividade do SFN, para proporcionar redução de custos nas operações
financeiras no Brasil.
“Essa inovação do Open Banking deve
também cooperar com o amadurecimento da competição local. Isto porque todos os
agentes passam a ter informações dos clientes e do mercado como um todo -
sempre que a autorização para tal for dada - o que gerará certamente
redução de custos e ampliação da oferta de novos produtos, serviços, entre
outras melhorias a todos os envolvidos”.
A tecnologia do Open Banking tem seus processos em
estudos realizados pelo BACEN desde abril de 2019, e estará em linha com
a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados, também em curso no Brasil.
Franco ressalta que entre os desafios do sistema
está o de mudar o mindset dos bancos, pois o Open
Banking 'mostrará' dados dos clientes ao mercado como um todo,
logo, é esperado o crescimento dos volumes de transações entre instituições,
que deve exigir forte investimento em tecnologia nas IF's. “No modo geral, o
Open Banking será essencial e muito importante para que o SFN alcance um nível
global maior de competição que a economia nacional demandará no futuro
próximo”, conclui.
Universidade Cidade de São Paulo
– Unicid
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