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quarta-feira, 30 de junho de 2021

Cirurgiã plástica explica os diferentes tipos de lipoaspiração

A lipoaspiração é o segundo procedimento mais procurado pelos brasileiros


O Brasil se tornou o país campeão na realização de cirurgias estéticas, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgados no final de 2019. A mamoplastia é a cirurgia mais procurada no país, seguida pela lipoaspiração.

A lipo, como é popularmente conhecida, é uma cirurgia na qual o cirurgião plástico remove as células de gordura que fica na região subcutânea por meio de uma cânula e vácuo (vindo por uma seringa ou aparelho). Para ser seguro, o procedimento não deve remover mais do que 7% da gordura corporal.

A cirurgiã plástica Dra. Tatiana Moura, da SBCP, conta que há muitos nomes comerciais envolvendo a lipoaspiração e que podem trazer dúvidas ao paciente que deseja se submeter a esse procedimento estético.

Abaixo, ela conta um pouco sobre alguns tipos de lipoaspiração:

Lipoaspiração clássica: é feita no hospital, com o paciente sedado. "Antigamente, o cirurgião só aspirava onde tinha gordura localizada - flanco, braço, papada, culote. A técnica foi evoluindo, como toda a cirurgia plástica, e hoje é comum fazer o procedimento no segmento como um todo".

Lipo HD ou de alta definição: também feita em hospital e sob sedação, promove a remoção de bastante gordura. "No caso da lipo de abdômen, por exemplo, não vamos remover a gordura apenas acumulada embaixo do umbigo. Vamos tirar de todo o abdômen, tentando deixar o subcutâneo o mais fino e homogêneo possível", conta Dra. Tatiana. Como todo procedimento cirúrgico, há riscos de a pele necrosar ou o tecido ficar heterogêneo.

Lipoescultura: é o procedimento que esculpe as curvas do corpo, modelando-o e, em alguns casos, transferindo a gordura de um local para outro do corpo.

Lipo light: também chamada de minilipo, é realizada em ambulatório e sob anestesia local, com o paciente acordado. "O cirurgião segmenta o paciente e faz apenas um local por procedimento: braço, coxa, costas", exemplifica a cirurgiã plástica.

Hidrolipo: também é realizada em ambiente ambulatorial e sob anestesia local. "É inserido mais anestésico diluído em soro durante o processo para remover a gordura de uma forma mais líquida", conta a médica, que não realiza procedimentos ambulatoriais.

Lipo 3D: neste procedimento, feito em hospital e sob sedação, o cirurgião plástico imita, na gordura da paciente, os gominhos da musculatura abdominal. "Na minha opinião, se o paciente tem uma oscilação de peso importante, esse desenho vai deixar seu abdômen deformado e totalmente irregular. Por isso, é um tipo de lipoaspiração que exige do profissional atenção se realmente o paciente tem indicação para tal", conta Dra. Tatiana.

A médica explica que nenhum resultado é definitivo, uma vez que os pacientes podem ter oscilação de peso ao longo da vida, comprometendo o visual.

"Tem gente que diz que o conhecido fez a lipo, engordou e a gordura foi para outro lugar do corpo. Isso não existe. A gordura que retiramos não vai voltar. O que acontece é que a região lipoaspirada passa a ter menos células de gordura. Se a pessoa engorda, aquele local vai ter menos gordura do que outras partes que não passaram pelo procedimento, dando a impressão de que estão muito maiores", ensina Dra. Tatiana.

A recuperação de qualquer lipoaspiração pode ter edema, hematoma e dor. É fundamental que o paciente converse com o cirurgião plástico de sua confiança para sanar todas as dúvidas e entender como será o pós-cirúrgico.

A médica também alerta quanto aos riscos que existem em qualquer procedimento, é importante escolher um cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e seguir as orientações do profissional. Dra. Tatiana lembra que em casos de duas ou mais lipos o procedimento pode ficar mais perigoso, portanto, é importante respeitar as orientações e negativas de um profissional responsável!

 


Dra. Tatiana Moura • Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. • Título de Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. • Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. • Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. • Residência Médica em Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. • Mestrado em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina USP. • Médica Colaboradora voluntária na equipe de Cirurgia Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


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