Há séculos o homem vem buscando formas de trocar o trabalho braçal por algo mais automatizado. E claro, acompanhamos ao longo dos tempos essa evolução que culminou em máquinas modernas, cada vez mais sofisticadas, e que aos poucos foram ocupando os espaços fabris.
Mas era preciso ir além. A máquina, por si só, já
não bastava, era preciso ter uma inteligência por trás para tornar o tempo de
resposta mais rápido, resultando em um processo mais ágil. O tema é tão
inspirador que as grandes produtoras de filmes nunca deixaram de falar dele.
Produções com robôs, computadores e programas que agem para o nosso bem ou em
busca da nossa destruição criam especulações, além de fomentar negócios. As
ideias relacionadas a inteligência artificial tiveram origem bem antes do
surgimento da tecnologia que tornou isso possível.
Em 1943 surge pela primeira vez o tópico redes
neurais. Desde lá o tema IA só evoluiu. Usando um exemplo prático do quanto
essa área avançou, em 1997 a Deep Blue derrotou o homem em um jogo de xadrez. O
campeão soviético Garry Kasparov foi derrotado em uma das rodadas por um
computador da IBM. Foi uma prova de que estávamos no caminho certo.
Hoje, encontramos IA em praticamente qualquer
dispositivo eletrônico ou processo tecnológico, desde sugestões do que assistir
em serviços de streaming, ou organização de playlists, até em respostas
automáticas sugeridas ao digitar textos em emails. E no cenário da saúde não é
diferente.
Hoje é muito atrativo quando alguém diz que aplica
IA em seu modelo de negócio, e utilizar essa solução para tomada de decisão é
algo que está crescendo. A decisão final não necessariamente precisa ser do
algoritmo, a resposta gerada pode ser utilizada para auxiliar na tomada de
decisão.
Tentar resolver um problema que demandaria muito
tempo e esforço na análise, otimizar processos ou simplesmente automatizá-los,
são objetivos de uso bem comuns da Inteligência Artificial. Existem outros
campos de aplicabilidade que trazem mais inovação ao meio industrial e vários
rumores surgem decorrentes disso. Eu defendo a ideia de que IA é muito mais
para ajudar no modelo de negócio do que para substituir pessoas. E reforçando
esse ponto, IA é muito boa, mas naquilo que ela foi treinada a fazer.
Na hygia bank, estamos trabalhando em algoritmos
para auxiliar na prevenção de doenças e trazer orientações personalizadas para
as pessoas. Temos bastante informações relevantes que devemos considerar nos
nossos modelos de Machine Learning e esse é um dos muitos desafios que temos.
Estamos trabalhando também em algoritmos de IA para automatizar vários
processos dentro da hygia, otimizando o tempo da equipe. Dessa forma, podemos
nos concentrar em outras questões dentro do negócio que exigem mais as soft skills
e feelings
do time.
Priscilla
Miehe - CDO da Hygia Bank. Também é graduada em Sistemas de Informação e mestre
em Ciências da Computação pela PUCRS.
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