Segundo os dados da Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a doença atinge quase 50% das mulheres em
idade fértil
no Brasil
Os fibromas, ou miomas, como são popularmente conhecidos, são tumores benignos que se formam no tecido muscular do útero e, apesar de serem nódulos identificados, não estão relacionados a nenhum tipo de câncer.
Cólicas intensas, sangramento
em excesso e dificuldade para engravidar podem ser sinais de miomas. O Dr. Thiers
Soares, ginecologista especialista em miomas, faz alerta para a
doença que atinge quase 50% das mulheres em idade fértil no Brasil, segundo os
dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
(Febrasgo).
Os miomas se formam quando uma única célula muscular cresce de forma desordenada, ocasionando o aparecimento dos nódulos. Os miomas não têm uma causa estabelecida, apesar disso, existem alguns fatores de risco que trazem o alerta e contribuem para o surgimento da doença, como:
· Histórico
familiar de miomas
· Início
precoce da menstruação
· Obesidade
· Deficiência
de Vitamina D
· Dieta
rica em carne vermelha
· Consumo
excessivo de álcool
· Afrodescendência
Dr.
Thiers ressalta que algumas pacientes relatam a dificuldade de receber o
diagnóstico de miomas, porque, muitas vezes, elas são assintomáticas ou
apresentam sintomas semelhantes, muitas vezes considerados normais pelas
mulheres, como as cólicas e o sangramento excessivo. “Os riscos da doença estão
associados ao quadro dos miomas, que podem desencadear anemia, ou mesmo
comprimir órgãos próximos da região uterina, como o intestino e a bexiga. Além
disso, com a presença dos nódulos, as mulheres podem ter dificuldades para
engravidar”, explica.
A rotina de acompanhamento médico pode ajudar na identificação mais rápida da
doença, principalmente com a realização de exames preventivos regularmente,
como os próprios exames de imagem abdominal. “Cada caso merece atenção especial
do médico ginecologista e quando identificado como cirúrgico, deve-se
contemplar uma equipe especializada sobre o tema”, reforça o Dr Thiers.
Tipos de miomas
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| Fonte: Tua Saúde |
Existem
três tipos de miomas: subserosos, intramurais e submucosos. Os subserosos se
desenvolvem na parte externa do útero. Já o intramural surge na parede uterina,
ocasionando o crescimento do órgão. Os miomas submucosos são localizados na
parte interna do útero e conforme eles se expandem, acabam prejudicando o
endométrio, com grandes possibilidades de atrapalhar a fertilidade da mulher.
Este tipo de mioma é muito comum e pode atingir boa parte das pacientes, como a
atriz Nivea
Stelmman, que sofreu com esta condição no último ano.
Tratamento
Atualmente,
há vários tipos de tratamentos para os miomas. Na maioria dos casos, os nódulos
são controlados com o uso de hormônios, feito a partir do uso de pílulas
anticoncepcionais. Entretanto, quando há a necessidade de intervenção
cirúrgica, inicialmente, o tratamento conservador é indicado. Esse procedimento
é chamado de miomectomia (retirada de miomas e preservação do útero). Quando a
paciente não deseja engravidar e não deseja mais preservar o útero, a
histerectomia (remoção total do útero) é a opção indicada.
Para
a realização deste tipo de operação, podem ser utilizadas as técnicas
minimamente invasivas, como a laparoscopia e a robótica (com pequenas
incisões). A cirurgia robótica vem crescendo exponencialmente no Brasil e no
mundo, sendo a grande aposta para dominar as cirurgias abdominais no futuro.
Outra opção bem interessante é a radiofrequência, recém chegada no país.
Pioneiro
por trazer esta nova modalidade de tratamento no Brasil, Dr. Thiers Soares
enfatiza que apesar dos resultados positivos, a radiofrequência segue alguns
critérios, como ser aplicada somente em mulheres com até 3 miomas. “A chegada
da radiofrequência possibilita caminhos diferentes para o tratamento da doença,
facilitando ainda mais a recuperação das pacientes”, finaliza o especialista.


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