A psicóloga Rosangela Sampaio mostra 5 maneiras de desenvolver a resiliência, uma aptidão que aprendemos com experiências, e a pandemia pode servir como ensinamento
O surto mundial da doença Coronavírus (COVID-19) é uma fonte
inesperada de estresse e adversidade para muitas pessoas.
A resiliência pode nos ajudar a superar as adversidades, mas ela
não é algo com que já nascemos: é construída ao longo do tempo, à medida que as
experiências que temos interagem com a nossa composição genética individual e
única.
É por isso que todos nós respondemos ao estresse e às adversidades,
como o da pandemia, de maneira diferente.
Pense na resiliência como uma gangorra ou escala de equilíbrio, em
que experiências negativas inclinam a escala em direção a resultados ruins e
experiências positivas a inclinam em direção a bons resultados.
O ponto onde a escala se equilibra é chamado de “fulcro” e, se
estiver mais para um lado ou para o outro, pode tornar mais difícil ou mais
fácil inclinar a escala de resiliência para o positivo.
O ponto de apoio de todos está em um lugar diferente, ou seja,
está aí a explicação de o porquê cada pessoa é diferente na facilidade com que
podemos contrabalançar as dificuldades da vida.
A boa notícia é que o ponto de apoio pode ser movido com o
desenvolvimento de um conjunto de ferramentas de habilidades que você pode usar
para se adaptar e encontrar soluções.
Então, o que podemos fazer para construir e fortalecer a
resiliência agora, durante a pandemia?
E como podemos construir resiliência para planejar com
antecedência tempos de crises futuras?
Compartilho 5 dicas para
que você desenvolva sua resiliência e habilidades de enfrentamento:
1 -
Construa crenças positivas em suas habilidades: a
autoestima desempenha um papel essencial no enfrentamento do estresse e na
recuperação de eventos desafiadores.
Lembrar você mesmo de suas forças pessoais e realizações fortalece
sua autoconfiança, capacidade de responder e lidar com crises, além de ser uma
ótima maneira de construir resiliência para o futuro;
2 - Encontre um
senso de propósito em sua vida: diante de uma crise ou tragédia,
encontrar um propósito pode desempenhar um papel importante na recuperação.
Envolver-se em sua comunidade, cultivar sua espiritualidade ou
participar de atividades que são significativas para você são algumas
possibilidades;
3 - Desenvolva
uma forte rede de network: ter pessoas carinhosas e
solidárias ao seu redor atua como um fator de proteção em tempos de crise, por
isso, é importante ter por perto pessoas em quem você possa confiar, pois
permite que você compartilhe seus sentimentos, ganhe apoio, receba feedback positivo e
discuta insigths e
soluções possíveis para os seus problemas.
As atividades que realizamos com os amigos nos ajudam a relaxar e
dar risadas, ou seja, isso estimula o sistema imunológico, que geralmente se
esgota durante o estresse;
4 - Abrace
a mudança: a flexibilidade é uma parte essencial da resiliência.
Aprendendo como ser mais adaptável, você será melhor equipado para responder
quando confrontado com uma crise de vida.
Pessoas resilientes costumam utilizar esses eventos como um
oportunidade de se ramificar em novas direções. Embora algumas pessoas possam
ser esmagadas por mudanças abruptas, indivíduos altamente resilientes são
capazes de se adaptar e prosperar;
5 - Aceite as
coisas que você não pode mudar: mudar uma situação desafiadora
nem sempre é possível. Se for esse o caso, reconheça e aceite as coisas como
elas são, concentrando-se em tudo o que você tem controle.
Portanto, tente aprender na vida com todos os momentos, sejam eles
bons ou ruins. Podemos nos autoconhecermos e ressiginificarmos muitas coisas
quando mudamos nosso olhar diante dos fatos.
Aproveite e confira mais dicas sobre resiliência no Programa
Mulheres Em Flow sobre “Como Melhorar a Qualidade de Vida”.
Rosangela Sampaio - psicóloga (CRP06/130574) especializada em
Psicologia Clínica e Positiva, atua com mentorias para o público feminino
no projeto “Mulheres em Flow, é coach de carreira, além de apresentadora do programa
Mulheres em Flow.Também assina o capítulo “O poder do autoamor”, da obra “Autoamor
– Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além da
coordenação editorial e coautoria dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde
aborda a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a
mulher.
@rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial
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