Crédito: divulgação
Série de vídeos em
alusão ao Dia Mundial da Saúde (7 de abril) traz especialistas dando dicas
importantes
“Um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidades”. É como a
Organização Mundial da Saúde (OMS) define “saúde”. Depois de um ano enfrentando
a pandemia do novo coronavírus, profissionais do Hospital Marcelino Champagnat
e do Hospital Universitário Cajuru, ambos do Grupo Marista, se unem para fazer
um alerta sobre como se manter saudável em meio ao isolamento social e
restrição de atividades. A campanha “Amor é S2 e Saúde é S3 – A importância do
autocuidado físico, mental e social” entra no ar neste dia 7 de abril trazendo
uma série de vídeos com médicos de diversas áreas. Os vídeos podem ser
acompanhados nas redes sociais do Grupo Marista pelo Facebook, Instagram e YouTube.
Além da ausência de doenças, para ser saudável
também é necessário analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no
qual a pessoa está inserida. Ou seja, um conjunto de bons hábitos contribui
para o menor risco de desenvolvimento de doenças, mas o ambiente também
influencia. O diretor-geral da área de saúde do Grupo Marista, Álvaro Quintas,
destaca que uma boa saúde se constrói diariamente. “Possuímos uma lista extensa
de hábitos que nos fazem ser saudáveis (ou não), mas podemos resumir em quatro
itens: além do tripé de bem-estar da OMS (mental, físico e social), eu
incluiria o espiritual. Precisamos lembrar que todos caminham juntos e que
também é importante cuidar dos outros. Saúde e amor se conectam dessa maneira”,
comenta.
Saúde mental
A Organização Mundial da Saúde enfatiza que saúde
mental é "mais do que apenas a ausência de transtornos mentais ou
deficiências, mas também cuidar do bem-estar e da felicidade contínuos".
De acordo com a médica cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila
Hartmann, o pensamento positivo faz muita diferença na saúde mental, ainda mais
diante da pandemia do novo coronavírus.
“Sabemos que pessoas felizes têm mais sucesso. O
bem-estar mental está muito atrelado a como as pessoas enxergam o mundo e a forma
de interpretação de cada situação. E isso depende da saúde mental de cada
pessoa. Ela é o reflexo de outras questões na saúde, como a qualidade do sono,
exercício físico e convívio social. Tudo isso traz felicidade e, junto com o
pensamento positivo, podem ser a “chave” para uma boa saúde mental”, analisa.
Diante das dificuldades enfrentadas nos últimos 13
meses, ter uma mente saudável é um dos principais desafios. “Fazer uma reflexão
sobre o dia a dia e questões que importam de verdade nos fazem enxergar e
definir os aspectos que não devemos abrir mão e os que precisamos deixar de
lado. Tentar organizar prioridades e incluir na rotina as coisas que trazem
felicidade faz com que as pessoas se sintam mais realizadas e vivam melhor”,
aconselha Camila.
Saúde física
Já o bem-estar físico se refere às condições do
nosso corpo, mas que vão além da ausência de doenças. É um aspecto mais amplo,
pois tem relação com a disposição, vida saudável, autoestima física e força. A
coordenadora do serviço de Check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline
Moraes, explica os motivos pelos quais os exercícios fazem bem para o corpo e
também para a mente: “O primeiro passo é escolher uma atividade física que
goste. Assim, será mais fácil de encontrar prazer e felicidade ao fazer o
exercício".
Para ela, quando as pessoas percebem que o corpo
está cansado, devem escutá-lo. "Precisamos nos mexer para que haja uma
injeção de energia e reequilíbrio dos hormônios. Há estudos que apontam que
exercícios físicos são extremamente eficazes para tratar depressão leve e
moderada, sem o auxílio de medicamentos psiquiátricos”, explica.
Em meio ao isolamento social, é preciso adaptar
também os exercícios físicos e realizá-los em casa ou em ambientes seguros.
“Realizar tarefas simples, como arrumar a casa, subir escadas, dançar, cuidar
do jardim e ter um momento de lazer com a família é importante para a ativação
e o relaxamento do corpo. Além disso, faz com que tenhamos mais vontade de nos
manter ativos. Começar devagar, com pequenos passos, faz com que o próprio
corpo desenvolva a necessidade de fazer exercícios físicos contínuos”, conta a
médica.
Saúde social
Por fim, a saúde social faz parte do
"tripé" para a busca de uma vida mais saudável. De acordo com o
coordenador da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário
Cajuru, Ronnie Ikeda, cultivar relacionamentos com a família, amigos, colegas
de trabalho e comunidade em geral, por meio de trabalhos voluntários, têm
grande importância na busca pelo bem-estar.
“Estamos vivendo um momento atípico e, para prezar
quem amamos, respeitamos o distanciamento social. Nesse ano, foi necessária uma
adaptação para manter a saúde social em dia, mas de longe - seja com encontros
virtuais, happy hour online e celebrações importantes realizadas em formato
drive thru, por exemplo. Mesmo assim, muitos laços foram reatados e outros
amarrados com mais força. Isso porque, devido à pandemia, precisamos nos
aproximar ainda mais da família e dos amigos para amenizar o estresse causado
pela distância física e imposições restritivas”, comenta o Ikeda.
A saúde social também pode ser mantida ativa por
meio de livros, filmes e redes sociais. “Cada um tem sua personalidade. Uns
gostam mais do relacionamento interpessoal e necessitam de mais contato. Outros
são mais introspectivos e preferem um bom livro, meditação, orações ou até
mesmo o ócio. Cada um precisa identificar o que traz mais felicidade e
prazer. Além disso, a solidariedade também faz bem, pois é capaz de melhorar a
saúde social.”, reforça Ikeda. Ele lembra ainda que "ações coletivas
proporcionam maior qualidade de vida não apenas para quem as realiza, mas
principalmente para as pessoas que têm menor acesso à saúde".
Grupo Marista
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