Brasil está entre os três países que concentram 80% dos casos na América
O Dia
Mundial da Malária acontecerá no domingo, 25 de
abril, o que torna esse um bom momento para aprender mais sobre essa doença
potencialmente fatal.
O Brasil junto com Venezuela e
Colômbia correspondem por 80% dos casos de Malária na América. Mesmo com a
pandemia em 2020, de janeiro a junho, foram registrados 1.049 casos importados
de outros países no Brasil com maior ocorrência nos estados de Roraima e
Amazonas segundo dados do Sivep-Malária do Ministério da Saúde. De janeiro
a junho de 2020, o Brasil passou seis semanas em surto, mas na maioria das semanas
analisadas o número de casos ficou abaixo do esperado para o período.
A malária é causada por um parasita
unicelular do gênero Plasmodium. Mais comumente, o parasita é transmitido aos humanos por
meio da picada de um mosquito. Como os parasitas que causam a malária afetam os glóbulos vermelhos,
as pessoas também podem ser infectadas pela exposição a sangue infectado,
inclusive da mãe para o feto, por meio de transfusões de sangue e do
compartilhamento de agulhas usadas para injetar drogas.
“A malária é uma doença grave e
representa um risco de vida. Embora seja evitável e curável, quase metade da
população mundial está em risco” afirma a Dra. Stacey Rizza, especialista em doenças
infecciosas na Mayo Clinic em Rochester,
Minnesota.
Os sinais e sintomas da malária
geralmente começam algumas semanas após a picada do mosquito infectado. No
entanto, alguns tipos de parasitas da malária podem permanecer inativos no
corpo humano por até um ano. Algumas pessoas que têm malária experimentam
ciclos de “ataques” de malária. Um ataque geralmente começa com tremores e
calafrios, seguidos por febre alta, sudorese e, finalmente, retorno à
temperatura normal.
“A boa notícia é que a malária não é
contagiosa, o que significa que não pode ser transmitida de pessoa para pessoa
como um resfriado ou gripe”, declara a Dra. Rizza. “É também uma doença curável
e há muitos esforços preventivos e de tratamento em andamento, como a prevenção
de picadas com o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e comprimidos
antimaláricos para os viajantes. Todos eles ajudam a controlar e prevenir a
doença".
O maior fator de risco para o
desenvolvimento da malária é viver ou visitar áreas onde a doença é comum.
Essas áreas incluem regiões tropicais e subtropicais da África Subsaariana, Sul
e Sudeste Asiático, Ilhas do Pacífico, América Central e norte da América do
Sul. O grau do risco depende do controle local da malária, das mudanças
sazonais nas taxas de infecção e das precauções tomadas para evitar picadas de
mosquito.
Em janeiro de 2020, um novo protocolo
brasileiro para tratamento de malária foi publicado, o Guia de tratamento da
malária no Brasil. Para cada espécie parasitária, um esquema de tratamento é
necessário. Protocolo vai de encontro com Plano Nacional de Saúde (PNS)
2020-2023, cuja meta é de reduzir para, no máximo, 94 mil o número de casos
autóctones de malária até 2023, uma redução de 50% em relação ao ano de 2018,
acompanhando a Estratégia Técnica Global para Malária da Organização Mundial da
Saúde (OMS), que tem como meta a redução de pelo menos 90% dos casos e óbitos
no mundo até 2030 em relação a 2015, a eliminação de malária em pelo menos 35
países e evitar a reintrodução da malária em países livres da transmissão.
Vacina está sendo testada em projeto piloto de dois anos que já distribuiu 1,7 milhão de doses em Gana, Quênia e Malauí.
Saiba mais sobre a malária, incluindo as
potenciais complicações da doença e medidas de prevenção que podem ser tomadas
para garantir a segurança.
Mayo Clinic
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