Material biológico é uma das alternativas no tratamento de diversas doenças, entre elas diabete do tipo I, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, Parkinson e Alzheimer
As células-tronco são
unidades microscópicas indiferenciadas, que tem a capacidade de auto
reprodução, transformando-se em novas células que podem dar origem a qualquer
tecido ou órgão do corpo. Elas renovam-se por meio da divisão celular, mesmo
após longos períodos de inatividade, e, por isso, tem sido cada vez mais
utilizada pela medicina para o tratamento de diversas doenças.
Dr. Nelson Tatsui,
Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do
HC-FMUSP
, explica que elas são classificadas entre dois grupos principais: as adultas e
as embrionárias. "As do primeiro tipo estão presentes no indivíduo após o
nascimento e podem ser retiradas do dente de leite, sangue ou tecido do cordão
umbilical, tecido adiposo e da medula. Já as embrionárias estão presentes no
interior de embriões recém-fecundados", comenta.
Quando se trata das
adultas, existem dois tipos: as células-tronco mesenquimais são capazes de se
diferenciar em células de tecidos sólidos, como músculos, ossos, cartilagem e
gordura e as hematopoiéticas, que estão presentes no sangue, na medula óssea e
conseguem transformar-se em células sanguíneas como hemácias, glóbulos brancos,
entre outras.
"Esse material
biológico tem sido uma das alternativas para a medicina regenerativa no combate
a diabete do tipo I, lesão medular e da córnea, acidente vascular cerebral,
infarto do miocárdio, além de doenças neurológicas, como Parkinson e
Alzheimer", explica o médico. O especialista destaca que também possuem o
potencial de auxiliar no tratamento de tumores malignos.
Com tantas terapias em
desenvolvimento por meio das células-tronco, muitas pessoas têm armazenado esse
material como forma de cuidado com a saúde. Dr. Nelson explica que esse
armazenamento é feito através do congelamento. "As células são coletadas de
sua região de origem, como por exemplo do tecido do cordão umbilical de um
recém-nascido e levadas ao laboratório em um meio de cultura próprio, que
impede que elas sejam contaminadas por bactérias. No laboratório elas são
separadas, multiplicadas e então armazenadas em tanques com nitrogênio líquido
à - 196 °C", comenta.
O médico afirma ainda
que está cada vez mais comum entre os pais a opção pelo armazenamento do cordão
umbilical de seus filhos recém-nascidos. "Por meio delas, no futuro, eles
poderão usar as suas próprias células para tratar determinados males, caso seja
necessário", aponta.
Criogênesis
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