Em tempos de discussões acaloradas a respeito das vacinas contra a Covid-19, especialistas chamam a atenção da sociedade para a forte queda da cobertura vacinal de crianças que o Brasil vem experimentando há alguns anos e que vem causando o ressurgimento de doenças até então erradicadas no país.
Segundo dados do Programa Nacional de Imunização, as últimas metas de imunização para o público infantil atingidas no país, em 2018, foram de 99,72% do público-alvo para a BCG, e de 91,33% para o da vacina contra o rotavírus humano. Para ambas, a meta é superar os 90% - patamar não foi atingido em 2019, apesar de terem continuado acima dos 80%. Já até 2 de outubro de 2020, a taxa de imunização do público-alvo da BCG chegou a 63,88%, e a vacina contra o rotavírus, a 68,46%. A maior cobertura atingida no calendário infantil até outubro de 2020 foi na vacina Pneumocócica, com 71,98%. A vacina contra a poliomielite, responsável pela Paralisia Infantil, atingiu apenas 65,57% da meta estipulada.
"A situação é extremamente preocupante e precisa ser revertida para
que não tenhamos, nos próximos anos, um cenário evolutivo de casos de doenças
que já estavam controladas com as vacinas", afirma o dr. Marco Antonio Iazzetti, infectologista, pediatra e
professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro - Unisa.
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