A nova gestão não
só precisa aprender com o esporte, como precisa praticar o esporte. Sim, cada
vez mais, bons líderes são vistos como pessoas focadas e equilibradas, que
sabem trabalhar em equipe e não se deixam abalar por qualquer coisa,
características encontradas nos atletas, especialmente os de elite. Quem revela
é Marcelo Arone, 12 anos de atuação na recolocação de lideranças no mercado
corporativo.
Se antes da pandemia já havia uma tendência forte
no mercado em trocar o estilo “tudo pelo trabalho” por uma vida mais
equilibrada e com saúde integral, agora, então, mais do que uma tendência, essa
mudança se tornou uma necessidade. “E que pode fazer diferença inclusive na
recolocação profissional”, revela Marcelo Arone, que há 12 anos trabalha
encontrando vagas de qualidade para boas lideranças.
Nas últimas décadas, o crescimento das companhias
foi quase que equivalente a uma vida cheia de doenças, entre elas, a depressão,
mais evidente ainda nos líderes, mas também em seus liderados. Isso porque a
pressão por resultado, uma rotina estafante e cada vez menos tempo para a
família e para o autocuidado formavam uma espécie de bomba relógio
profissional.
Uma das principais características que começou a
ser buscada pelas empresas nos líderes para o futuro foi a capacidade de gerar
resultado sem ter que se transformar em uma máquina fria e desconectada da vida
familiar, por exemplo: “quanto mais um líder consegue gerenciar suas equipes de
forma humana, mais ele é seguido sem que precise exigir, ele se torna um
exemplo poderoso de alguém que consegue o que a empresa quer, sem deixar de
lado aqui que lhe é mais caro”, explica Marcelo.
E é aí que entra o esporte. Tanto como exemplo do
que é preciso fazer para ser alguém de alta performance quanto para mudar
completamente a relação do líder com o tempo, com a saúde e com seus times:
“talvez ninguém pergunte em uma entrevista de emprego se você já correu uma
meia maratona. Mas as características do esporte podem ser facilmente
detectadas por recrutadores”, lembra Arone.
E quais são elas? Liderança real sobre si, seu
tempo e seus objetivo, foco, disciplina, jovialidade para lidar com a vida,
capacidade de resolver problemas com menos carga de estresse, níveis altos de
felicidade e conexão familiar: “esportistas tê, geralmente, valores mais
coerentes com uma vida saudável não só fisicamente, mas emocionalmente,
também”, lembra Marcelo, que enfatiza: “e aí, para levarem isso a seus times, é
questão de um passo apenas”.
Arone reforça: “não dá mais para que um líder se
considere acima dos seus colaboradores. O esporte, especialmente nos últimos
tempos, permitiu que as pessoas se vejam competidoras de si mesmas, e não umas
das outras”, lembra ele. “O novo gestor, se precisar, vai finalizar o jogo,
botando mesmo a mão na massa, porque ele não se enxerga acima, mas mais um na
corrente que forma um time coeso e que trabalha pelo mesmo objetivo”, reforça.
E o que isso muda na hora da contratação? Segundo
Marcelo Arone, tudo: “ao contratar um líder, os recrutadores vão perceber se
ele é alguém que se preocupa consigo E com os outros, se tem a divisão de tempo
entre trabalho e família equilibrada, se tem uma fonte de felicidade que o
torna mais humano e alguém a ser admirado e seguido. E o esporte pode ser o
motivador de todas essas características em qualquer pessoa”, finaliza.
Marcelo Arone - Headhunter, especialista em
recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no
mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade
Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto
Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas
como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG
Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash
Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000
empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento
para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity,
venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com
potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e
atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.
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