Na maioria
das vezes, a Drenagem Linfática (Linfoterapia) é uma modalidade terapêutica que
é utilizada para fins estéticos. No entanto, esta prática também pode ser usada
com finalidades medicinais. Um dos exemplos é a terapia como parceira à melhora
do sistema imunológico no combate de bactérias e vírus, incluindo o novo
coronavírus.iStock
O fisioterapeuta e mestre em Bioengenharia pela Escola de Engenharia da USP São Carlos, Daniel Zucchi, é um forte defensor da Linfoterapia para o aumento da imunidade. Ele explica que o sistema imunológico apresenta algumas células produzidas dentro do linfonodo chamadas de linfócitos. “Há dois tipos, o Linfócito B e o Linfócito T. Este último é um linfócito de memória, isto é, uma célula que reconhece o agente agressor e cria suas próprias defesas fazendo com que o organismo possa combater estes invasores de uma forma natural”, frisa ele.
Nesse
momento, de acordo com Zucchi, a Linfoterapia, com seus movimentos de drenagem,
pode detectar a presença destes agentes invasores dentro dos vasos linfáticos,
“o líquido, drenado com os vírus ou as bactérias, é encaminhado, por meio de
manobras, ao linfonodo fazendo com que o Linfócito T reconheça o
agressor, entenda que o corpo está sendo atacado por um antígeno e que é
preciso eliminá-lo. Desta forma, convoca o seu “exército de defesa” e as
células começam a travar o combate contra o invasor”.
Segundo
o especialista, o grande benefício da Linfoterapia ao combate das bactérias ou
vírus é a diminuição das chances de contágio pela aceleração da defesa do
organismo. “Caso haja uma demora para que o líquido contaminado seja
direcionado ao sistema linfático, os agentes agressores acabam se multiplicando
e isso é capaz de piorar o quadro clínico de qualquer enfermidade”, adverte
Zucchi.
Entretanto,
o fisioterapeuta e mestre em Bioengenharia faz um alerta importante: a
Linfoterapia é contraindicada às pessoas que já estejam apresentando sintomas
de alguma doença. “Como estamos lidando com a circulação é possível que estes
agentes agressores se espalhem mais facilmente pelo organismo. Eu não posso
direcionar estes vírus ou bactérias ao sistema linfático se estes agentes já
estão causando sintomas”, conclui o especialista.
Daniel Zucchi - O fisioterapeuta e mestre em Bioengenharia pela
Escola de Engenharia da USP São Carlos, Daniel Zucchi, especializou-se em
Drenagem Linfática - foi pesquisador do tema durante oito anos na Escola
Internacional de Terapia Linfática da Clínica Godoy-, com sede em São José do
Rio Preto, interior de São Paulo (SP).Na Escola
de Engenharia da USP - São Carlos realizou pesquisas sobre cicatrização de
feridas crônicas e efeito do laser em cultura de bactérias. Com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, Zucchi é
docente universitário, há mais de dez anos, coordenando aulas em cursos de
Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Nutrição. Atualmente, é coordenador científico do Instituto Daniel Zucchi de
Estética Avançada, único centro de referência em Linfoterapia Estética do
Brasil.
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