PARA ESPECIALISTA DO GRUPO LEFORTE, PANDEMIA LEVA A UM AUMENTO DE CASOS NÃO DIAGNOSTICADOS
Pacientes devem manter a rotina de exames e
consultas, como forma de diagnosticar precocemente a doença
De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil registrou 625 mil novos casos de câncer em 2020. O número é 28% superior a 2010 e deve aumentar ainda mais na próxima década.
Mas o cenário pode ser ainda mais crítico, diante
do adiamento de exames e consultas por parte dos pacientes, em razão da
pandemia de Covid-19. O alerta é feito pelo Dr. Ricardo Antunes, coordenador de
Cirurgia Oncológica do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de
Cancerologia (SBC).
“Por receio de contaminação pelo coronavírus, homens e mulheres que poderiam ter os seus casos diagnosticados no início estão adiando suas consultas e exames de rotina, fundamentais para a detecção de tumores ainda no início. Com isso, no futuro próximo, além de sobrecarregar todo o sistema de saúde, esses pacientes terão suas chances de cura muito reduzidas”, afirma Antunes.
Como resultado, lembra o especialista, a doença cresce de maneira alarmante não só no Brasil, mas no mundo. De acordo com análises epidemiológicas, o número de casos novos deverá aumentar em 50% nas próximas duas décadas. A estimativa é que em 2030 existam 21 milhões de novos diagnósticos e 14 milhões de mortes ao redor do planeta decorrentes do câncer, em função do envelhecimento da população, mudanças de hábitos, estilo de vida e exposição a fatores de risco como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, nutrição inadequada, exposição solar intensa, HPV, entre outros aspectos do mundo contemporâneo.
Prevenção é fundamental, apesar da Covid-19
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50% dos cânceres podem ser prevenidos. No mesmo sentido, a detecção precoce e o tratamento adequado garantem maior chance de cura.
Existe grande variação na magnitude e nos tipos
de câncer entre as diferentes regiões do Brasil. No Sul e Sudeste, predominam
os cânceres de próstata e mama, bem como o de pulmão e de intestino. A região
Centro-Oeste, apesar de semelhante, incorpora o câncer do colo do útero e o de
estômago entre os mais incidentes. Nas regiões Norte e Nordeste, a incidência
do câncer de colo do útero e de estômago tem impacto importante.
Para Antunes, aqueles pacientes que optaram por adiar a ida ao médico devem retomar o mais rápido possível as consultas e exames preventivos. “As instituições de saúde estão preparadas para esse atendimento, com protocolos rígidos, que preveem ambientes e fluxos separados para pacientes de Covid-19 e outros casos. Não há motivo para correr o risco de um diagnóstico tardio, que influencia drasticamente no tratamento de qualquer tipo de tumor.”
Fluxos separados
Desde o início da pandemia, o Grupo Leforte se preparou para atender os seus pacientes, estabelecendo fluxos, equipes e áreas separadas para atendimento de pacientes com ou sem Covid-19. Isso possibilitou a manutenção de consultas, exames e cirurgias de outros casos, sem necessidade de interrupção.
No caso de pacientes oncológicos, os atendimentos
ambulatorial e de quimioterapia foram transferidos para as unidades avançadas
do Oncologia Leforte, em Alphaville, Higienópolis e Osasco, fora do ambiente
hospitalar. Além disso, foram alterados os fluxos para os atendimentos
oncológicos nas Clínicas e Diagnósticos do Grupo, localizadas na Liberdade,
Morumbi e Santo André. Outros procedimentos, como troca de cateteres, por
exemplo, estão sendo realizados (em alguns casos) com atendimento residencial.
Centro de Saúde da
Mulher e Oncologia Leforte
https://www.leforte.com.br/centro-de-saude-da-mulher/
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