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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Como negociar com fornecedores em tempos de crise

 Especialista da Nexxera dá dicas para equilibrar as contas da empresa sem prejudicar parceiros comerciais

Diante da instabilidade na retomada da economia, um dos maiores desafios das empresas no cenário atual é manter o pagamento de seus parceiros comerciais em dia. É necessário,sim, adaptar os modelos de negócio para que se sobreviva à crise econômica. Porém, ao invés de romper contratos, uma boa saída pode ser a negociação.
“Conseguir aplicar boas práticas de negociação com fornecedores de uma forma que não deixe essa importante peça da cadeia produtiva vulnerável é o maior desafio em tempos como esse”, afirma Fernanda Cordeiro, gerente administrativo e financeiro da Nexxera. empresa do Grupo Nexxees. Confira algumas dicas do especialista.

 

1. Rever o planejamento

Tempos de crise exigem mudanças e adaptações. Por isso, o primeiro passo é rever o planejamento. Fazer um levantamento das prioridades da sua empresa, saber o que é imprescindível para o negócio continuar funcionando e o que é possível abrir mão nesse momento.

“Com um novo planejamento bem traçado, o tomador de decisões saberá como negociar com os fornecedores e quais propostas fazer. Isso não só tornará a negociação mais eficaz, como também ajudará a empresa a mostrar argumentos consistentes” afirma Fernanda.

 

2. Pedir novos prazos para guias

Outra boa solução de como negociar com fornecedores é pedir a prorrogação de prazos de pagamentos. Enquanto os esforços estejam focados em refazer o caixa e reequilibrar as receitas e as despesas.

É preciso analisar o mercado e fazer projeções de quando se terá um respiro nas contas. Desta forma, é possível se programar para pagar débitos e honrar os compromissos, sem que seu caixa e fornecedores sejam muito prejudicados.

 

3. Fortalecer os laços da relação

Um bom relacionamento com os parceiros é fundamental para qualquer negócio. E, em tempos de crise, isso é ainda mais necessário. Lembrar-se sempre de fazer uma boa gestão de fornecedores para estreitar a relação nesse momento.

O melhor a se fazer durante a pandemia é criar confiança e fortalecer os laços, evitando conflitos ou uma negociação agressiva. Afinal, a relação entre empresa e fornecedor é uma parceria em que ambas as partes necessitam uma da outra. Assim, um acordo saudável e pacífico contribuirá para que todos saiam da crise da melhor maneira possível.

 

4. Descobrir como está o mercado

Outra boa dica é pesquisar o mercado. Fazer uma cotação dos valores que estão sendo praticados no momento, das condições de pagamento e o que está sendo ofertado por outros fornecedores, é uma boa alternativa de barganha para pedir descontos, alterar prazos e negociar demais condições do acordo.

 

5. Usar uma comunicação assertiva

Ao negociar com fornecedores, uma atitude essencial é ter uma comunicação assertiva. Para tanto, primeiramente ser empático e entender também as dificuldades pelas quais o fornecedor está passando.

Fundamentar bem os argumentos, mostrar números que comprovem a situação da empresa e ter uma postura racional durante a negociação. Tudo isso ajudará ambas as partes a encontrar os melhores meios de superar a crise.

 

6. Possibilitar a antecipação de recebíveis

Por fim, uma boa saída é pensar na possibilidade de antecipação de recebíveis. Existem soluções arrojadas no mercado para este fim. Na Nexxera, por exemplo, foram fechados juntos a bancos e fundos mais de  R$ 1 bilhão para  o crédito produtivo, antecipando recursos a fornecedores logo que os pedidos são recebidos. O Hubly, software que conecta as transações financeiras entre as empresas e seus parceiros comerciais, dando a alternativa para o fornecedor fazer este processo com facilidade. É possível alongar prazos de pagamento sem que isso represente um risco para o fluxo de caixa dos fornecedores, além de preservar a saúde financeira dos parceiros.
“Esse dinheiro é de suma importância para o momento que estamos passando. A retomada da economia e da empregabilidade exige que empresas e todo o ecossistema criem mecanismos, principalmente às PMEs, para recuperar o poder de compra, produção, entrega e competitividade, visto que foram as mais atingidas financeiramente. Queremos manter estas cadeias ativas, gerando empregos, abastecendo toda a cadeia produtiva e facilitando a compra” finaliza Fernanda.


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