Sociedade Brasileira de Mastologia alerta que as pacientes de câncer
de mama e de
outros tipos devem constar no grupo de prioridades para vacinação
Na semana em que se celebra o Dia da
Mamografia e o Dia do Mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia - SBM
faz um alerta sobre a necessidade das pacientes de câncer de mama e outros
tipos serem priorizadas no plano de vacinação para imunização do COVID-19. A
entidade lembra que ao longo de 2020 o impacto para essas pacientes já foi
grande, pois muitas não foram realizar os exames preventivos, como a
mamografia, e outras interromperam, efetivamente, o tratamento por receio de
irem ao hospital ou pela dificuldade que encontraram nas unidades hospitalares de
todo o país.
De acordo com o Dr. Vilmar Marques,
presidente da SBM, durante toda a pandemia foi notória essa queda, o que gerou
bastante preocupação. Agora, neste momento, além de conscientizar as mulheres
para que não deixem de dar continuidade a sua rotina de ir ao médico, realizar
exames e manter o tratamento, o que mobiliza a entidade é sensibilizar as
autoridades quanto à vacinação, pois elas compõem o grupo de risco, muitas com
a imunidade baixa devido ao tratamento que estão sendo submetidas.
Segundo o presidente, o levantamento
realizado em centros hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
nas principais capitais, revelou que a queda nos atendimentos de mulheres em
tratamento, nos meses de março e abril, logo no início da pandemia, foi em
torno de 75%, em comparação ao mesmo período de 2019. Já a Rede Brasileira de
Pesquisa em Câncer de Mama, em parceria com a SBM, mostrou que o número de
mamografias entre janeiro a julho de 2020 caiu 45% em relação ao ano anterior.
Tudo devido ao medo de se contaminar durante o deslocamento e também ao dar
entrada na unidade de saúde. E, embora nos meses seguintes isso tenha
amenizado, muitas pacientes ainda se mantêm resistentes. "Não sabíamos que
a pandemia duraria tanto tempo. Entendo o medo delas, mas o câncer não espera.
Interromper o tratamento é um risco muito grande, maior do que contrair o
vírus, já que os hospitais estão seguindo todos os protocolos sanitários",
afirma o médico.
Para ele, incluí-las nos grupos
prioritários é de extrema importância, representando a vida de algumas e maior
segurança para todas. Não podemos aguardar. Muitas já perderam meses de
tratamento e estamos percebendo que o percentual de realização tanto de exames
preventivos, como a mamografia, como de tratamento ainda continua baixo",
alerta.
O presidente afirma que a Sociedade
Brasileira de Mastologia como um todo entende a imprevisibilidade da vacinação
em massa, o cenário das unidades ainda sob os efeitos dos casos de COVID-19
(trabalhando perto da lotação) e também a ausência da telemedicina no SUS, o
que inviabiliza o atendimento à distância que já ajudaria. "Os
mastologistas de todo o país compreendem o cenário crítico devido à incidência
crescente do COVID-19 nessa nova onda, porém, sem atendimento remoto e sem as
mulheres indo às unidades, só nos resta priorizá-las na imunização para que
possamos encorajá-las e que elas tenham maior tranquilidade e segurança de se
deslocarem em médio prazo, continuando prevenção e tratamento. Estamos falando
de vidas ameaçadas", conclui o Dr. Vilmar Marques.
Recentemente, a Anvisa aprovou o novo biossimilar do infliximabe,
fabricado pela AMGEN, uma das empresas líderes em biotecnogia. O medicamento
beneficiará os pacientes com doenças inflamatórias crônicas como artrite
psoriásica, artrite reumatoide, colite ulcerativa, doença de Crohn, espondilite
anquilosante e psoríase em placas. O medicamento recebeu as mesmas indicações
em bula do Remicade® (infliximabe), seu medicamento originador.
A aprovação se baseou em uma totalidade de evidências composta por estudos de
fase I em indivíduos saudáveis e de fase III em pacientes com artrite
reumatoide, comprovando similaridade e nenhuma diferença estatística na
eficácia e segurança do biossimilar. Dr. Fabio Steinwurz, gastroenterologista e
presidente da Organização Panamericana de Crohn e Colite (Pancco) e Tatiana Castello
Branco, diretora médica da Amgen, estão disponíveis para entrevistas.
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