O exame de
proteína C reativa (PCR) é um dos mais falados atualmente. O motivo é que a
investigação faz parte da estratégia de atuação voltada para o combate à
Covid-19. Pixabay
Vários marcadores relacionados a processos
inflamatórios são utilizados pelos especialistas para tentar identificar a presença
do novo coronavírus no organismo. Estudos indicaram que a elevação desta
substância, combinada com resultados obtidos em outros exames, ajuda a apontar
o diagnóstico positivo.
No entanto, antes de ser um dos métodos de
investigação na pandemia, esta proteína produzida pelo fígado, que é comum em
poucas quantidades no sangue, pode ligar o alerta sobre outros problemas de
saúde. O resultado deve ser avaliado por um clínico
e pode ser solicitado como uma opção tanto nos procedimentos de rotina, quanto
na investigação em busca do diagnóstico do paciente.
As finalidades do PCR
Geralmente, o PCR é um teste inicial usado para
monitoramento do desenvolvimento de alguma condição. O valor máximo de
referência para homens e mulheres é de até 3 mg/L ou 0,3 mg/dL. Se o resultado
for maior do que estes parâmetros, o médico deverá solicitar exames
complementares para diagnosticar o motivo ou confirmatórios, se já houver uma
suspeita.
Pode ocorrer aumento da proteína C reativa quando
há algum processo infeccioso causado por bactérias ou fungos em andamento no
organismo do paciente. Em infecções agudas, os valores podem aumentar até mil
vezes.
O alto nível da proteína no organismos também pode
indicar um processo inflamatório. O médico irá observar, no exame de sangue, se
houve aumento associado na quantidade de leucócitos, as células de defesa do
corpo.
O PCR pode apontar casos de doenças reumáticas,
traumatismos ou mesmo em cânceres, mesmo que o paciente não apresente sintomas
claros e definidos. Ajuda ainda no diagnóstico de lúpus, da apendicite, de
doença inflamatória do intestino, da pancreatite, artrite reumatoide,
tuberculose, entre outros.
O exame de proteína c reativa pode ser feito também
em até três dias após cirurgias para determinar sepse, que é a infecção
generalizada.
Além disso, é um marcador precoce e ajuda a avaliar
o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Quem tem PCR menor que
1 mg/L, tem baixo risco para doenças cardíacas. Entre 1 e menor que 3 mg/L,
apresenta médio risco. Acima de 3 mg/L, é considerado alto risco.
Em todos estes casos, os pacientes precisam
detectar a causa primária da elevação da proteína C reativa no organismo. Desta
forma, o especialista terá elementos suficientes para indicar o tratamento, os
medicamentos adequados a cada caso e determinar o acompanhamento e as
reavaliações pertinentes.
Como é feito o exame?
Por ser um exame de análise clínica, o PCR permite
identificar indicadores e valores referentes a substâncias presentes no
organismo. É feito a partir da coleta de uma amostra de sangue venoso pelo
técnico. O paciente é liberado imediatamente.
Em geral, não são necessários preparos anteriores
ao exame, como jejum. Há casos em que o médico solicitante recomenda, por isso
é importante confirmar ao agendar.
Medicamentos como anti-inflamatórios
não-esteroides, betabloqueadores, pílula anticoncepcional, aspirina,
corticoides, estatinas podem interferir no resultado. O médico que solicitar o
exame deve ser informado sobre o uso.
Terapia de reposição hormonal e uso de DIU também
afetam. Alguns especialistas lembram que atividades físicas intensas e de
choque podem alterar a taxa e, portanto, devem ser evitadas antes da coleta de
sangue.
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