A médica diretora do Kurotel, Dra. Mariela Silveira, esclarece como as
atividades contemplativas se conectam com nossos propósitos de vida
As práticas do yoga e da meditação
são oriundas de tradições milenares. Mas, somente nas últimas
décadas, tiveram uma grande disseminação e fortalecimento em todo do
ocidente. Muitas pessoas passaram a usar dessas atividades como uma forma de
melhorar a saúde do corpo e da mente e, de fato, obtiveram
diversos benefícios. Assim, a comunidade científica passou a dar grande ênfase
para compreender os mecanismos de ação e seus resultados. Especialmente, nos
últimos dez anos, o número de publicações científicas sobre yoga e
meditação é 15 vezes maior.
A Dra. Mariela Silveira, médica
diretora do Kurotel - Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar, de Gramado
(RS), esclarece como as atividades contemplativas se conectam com nossos
propósitos de vida:
Uma pausa em meio a uma
avalanche de informações:
E por que será que estas técnicas, entre outras
tantas atividades contemplativas, tem tido uma busca tão grande? Um dos
possíveis motivos é estarmos vivendo um momento importante no sentido de
refletir “como utilizamos o nosso tempo”. Com a avalanche de informações
entrando a cada segundo por pelos mais diversos meios digitais, não é difícil
se distrair com temas ou tarefas sem importância. E, o que é pior, se esquecer
do que realmente tem significado ou importância para a vida. Nossa mente pensa
no que passou e, frequentemente, procura controlar o futuro; mas pouco
fica verdadeiramente no presente. E estar focado no presente pode ser muito
útil para se refletir e sentir aquilo que realmente é importante.
Propósito de vida e a
longevidade
Hoje se entende que ter propósito na vida não é
somente indicado para se viver com mais bem estar. Ter propósito de vida está
relacionado a 17% menos mortalidade por todas as causas e eventos
cardiovasculares do que quem não tem. E isto se encontra com o cultivo de
habilidades e virtudes interiores, com a valorização de dons e virtudes, que
podem ser contempladas internamente e desenvolvidas com entusiasmo. Assim, o
olhar para dentro – como recomenda o yoga e a meditação – não é uma perda
de tempo, mas uma necessidade para se reconectar com o essencial da vida e
desfrutar da existência com maior felicidade.
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