Indicador da FX
Retail Analytics e F360º traz dados de visitantes e de vendas no fim de semana
entre 14 e 15 de março
A preocupação com o coronavírus e a recomendação de
isolamento derrubaram o fluxo de visitantes e de vendas em lojas por todo o
país. Os dados são do Índice de Performance do Varejo (IPV),
realizado em conjunto pela FX Retail Analytics, especializada
em monitoramento de fluxo para o varejo, e pela F360º, plataforma
de gestão de varejo para franquias, pequenos e médios varejistas.
O indicador realizou o levantamento no fim de
semana, entre 14 e 15 de março, coincidindo com o aumento no número de casos no
Brasil e a orientação para evitar aglomerações. Apenas entre sábado e domingo,
por exemplo, houve um aumento de 65% no número de casos de acordo com o
Ministério da Saúde.
Na comparação com o fluxo de visitantes do fim de
semana anterior (7 e 8 de março), a queda foi de 18,89% em
lojas físicas e de 23,04% em shopping centers. Já no
comparativo com o mesmo fim de semana anterior, houve um recuo de 19,87% nas
lojas físicas e de 20,33% nos centros de compras.
Também há o comparativo com lojas de ruas e lojas
de shopping centers. Os pontos de venda em ruas tiveram uma queda de 3,56% em
relação ao fim de semana anterior e de 2,37% no ano anterior. As lojas
inseridas em centros de compras sofreram mais: recuo de 23,93% na
comparação com o fim de semana anterior e de 23,84% com o
mesmo período de 2019.
Drogaria é o único segmento
com aumento no fluxo de visitantes
Como era de se esperar, “Drogaria” é o único que
registrou um aumento no total de consumidores no fim de semana dos dias 14 e 15
de março. No total, houve um crescimento de 37,14% em
relação ao fim de semana anterior e de 35,01% no mesmo período analisado.
A categoria “Beleza” teve queda de 8,91% em
relação aos dias 7 e 8 de março, mas aumento de 10,30% no comparativo
com o ano anterior. Os segmentos “Calçado” e “Eletrônicos” caíram 7,71% e
18,93%, respectivamente, na comparação com o fim de
semana anterior, e 17,72% e 1,75%,
respectivamente, em relação a 2019.
Os demais segmentos tiveram recuos significativos.
“Ótica” caiu 23,18% em relação ao fim de semana anterior e 37,78% no
mesmo período do ano passado. “Home Center” registrou queda de 3,17% e
de 33,76%, “Moda” recuou 31,53% e 31,76%,
enquanto que a categoria “Lojas de Departamento” caiu 6,70% e
39,03% nos mesmos períodos analisados.
“Os dados refletem aquilo que já era esperado. O
surto do coronavírus aumentou a preocupação dos brasileiros com a saúde,
intensificando a busca por medicamentos e materiais de proteção, como álcool em
gel e máscaras, e reduzindo o fluxo nos demais segmentos neste momento”, afirma
Flávia Pini, CEO da FX Retail Analytics.
Regiões Sudeste e Sul têm
maiores quedas no fluxo de consumidores
Na análise regional, as regiões Sudeste e Sul
registraram as maiores quedas. O fluxo de visitantes das lojas do Sudeste caiu 24,54% em
relação ao fim de semana anterior e de 22,88% no ano anterior. Já o índice
do Sul teve queda de 26,40% no comparativo com 7 e 8 de
março de 2020 e de 31,80% com o mesmo período de 2019.
A região Nordeste caiu 1,85%
na comparação com o fim de semana anterior e 9,77% com o
fim de semana de 2019. As lojas do Centro-Oeste registraram quedas de 1,02% em
relação a 7 e 8 de março e de 41,57% na comparação com o ano
anterior. Por fim, na região Norte, houve um recuo de 11,20% no
comparativo do fluxo do fim de semana anterior, mas um aumento de
5,63% em relação ao mesmo período de 2019.
Apesar da queda no fluxo de
visitantes, há lojas com aumento nas vendas
O recuo na quantidade de consumidores circulando em
lojas pelo país não afetou as receitas de algumas lojas. As categorias
“Galeria”, “Hipermercado” e “Rua”, por exemplo, tiveram crescimento
de 8,74%, 8,54% e 3,18%, respectivamente. Apenas as
lojas em locais com maior aglomeração de pessoas tiveram quedas no faturamento.
“Terminal” caiu 0,24%, enquanto que “Shopping”
recuou 13,55% e “Aeroporto”, 23,73%.
No comparativo regional, todas as regiões caíram no
faturamento. O Sudeste teve a menor queda, com 1,11%, seguido
por Nordeste, com 5,51% e Centro-Oeste, 7,02%. Já
as lojas do Sul tiveram um recuo de 13,35% nas vendas e as do Norte 18,81%.
“Ainda que a preocupação com o coronavírus esteja
presente, os brasileiros seguem com sua rotina normal de compras e consumo. O
que o levantamento mostra é que a população está dando preferência para lojas
com menor aglomeração, como hipermercados e lojas de rua, ao invés dos grandes
centros de compras”, comenta Henrique Carbonell, CEO da F360º, responsável
pelos dados sobre a receita.
Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo - SBVC
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