FCDLESP mostra quais medidas
estão sendo adotadas pelo varejo; shoppings center serão fechados a partir de
23 de março; governo anuncia linha de R$ 500 millhões para empresas e inclui o
comércio
Cerca de 58% dos lojistas aumentaram a atenção referente a higiene pessoal, como o uso de álcool em gel e o ato de lavar as mãos mais vezes por dia, outros 33% já inseriram informativos de cautela no comércio e, 9% restantes incluíram a limpeza do estabelecimento com mais frequência e mais vezes durante a semana. Essa pesquisa foi realizada com as principais CDLs (Câmara de Dirigentes Lojistas) do estado de São Paulo, abordando a região metropolitana, litoral e interior.
O impacto do COVID-19 já refletiu na redução do crescimento da economia. A soma dos bens e serviços produzidos caiu de 2,4% para 2,1%, conforme o Ministério da Economia. Segundo a pesquisa, para 66% dos lojistas, o dinheiro está sendo investido em produtos de higiene, como álcool em gel, máscaras para o rosto e sabonete líquido; 28% dos comerciantes dizem que a redução de pessoas circulando pelas ruas também é outro fator que impacta nas vendas, outros 6% ainda não sentiram o esbarro econômico.
Hoje, 18 de março, foi anunciado pelo governo de São Paulo o fechamento de shoppings centers na região metropolitana de São Paulo a partir de 23 de março, podendo durar até dia 30 de abril. A decisão foi divulgada pelo governador João Dória, com o objetivo de evitar a propagação do Coronavírus. A medida ainda não se aplica ao litoral e interior do estado.
Entre os setores que mais podem sentir o impacto do COVID-19, devido à restrição do fluxo de bens, serviços e pessoas, estão o varejo de rua, shoppings centers, além de empresas de turismo como um todo. “Ainda não estamos no pico do COVID-19, portanto, ainda podemos ter mais impactos negativos na economia de todo o estado”, explica Stainoff. “A diligência divulgada pelo governo pensa no bem-estar das pessoas, visto que os shoppings são pontos de grande circulação. O fechamento temporário dos comércios irá contribuir para as medidas de prevenção contra o COVID-19.
“O varejo e, especialmente o pequeno varejista, terão grandes impactos negativos, mesmo com a liberação de R$ 500 milhões pelo governador João Dória. Os empresários preocupam-se como efetuarão os recolhimentos dos tributos, mesmo considerando o adiamento desses recolhimentos, pois não há definição de como serão realizados esses recolhimentos no futuro”, explica Stainoff. “Além disso, devemos considerar ainda a perda de renda dos funcionários, que têm salários variáveis e comissão. Destacamos ainda a perda de renda dos prestadores de serviço, sejam eles formais ou não”, completa.
Para o presidente da FCDLESP é necessário salientar a necessidade de um posicionamento dos governos federal, estaduais e municipais no sentido de criarem políticas públicas para salvar o segmento do varejo. “Caso contrário muitos sucumbirão e milhares de empregos serão perdidos”, acredita.
Maurício
Stainoff - presidente da FCDLESP
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