Brasil tem 200 confirmados de coronavírus, até
o momento Divulgação |
Grupo Graiche,
empresa de administração de condomínios, alerta para reforço de ações de
higiene e readequação de hábitos
Com grande concentração de pessoas, os condomínios
são parte importante na força-tarefa no combate à disseminação do novo
Coronavírus (COVID-19), que já conta com 200 casos confirmados no Brasil e 156
mil em todo o mundo, com mais de 5.800 mortes em diversos países.
Com as orientações do governo do Estado de São
Paulo (que registra o maior número de casos – 136) e do Ministério da Saúde
para que, nas próximas semanas, empresas adotem o home office para boa
parte de seus funcionários, escolas entrem em recesso e idosos evitem sair de
casa, os condomínios irão resguardar as famílias e todas as medidas internas
possíveis para auxiliar no controle e avanço da doença devem ser tomadas.
“Só em São Paulo são mais de 15 milhões de pessoas
em condomínios. Cada empreendimento irá definir sua conduta, mas é importante a
compreensão e apoio às decisões dos síndicos e a manutenção das boas práticas
de prevenção”, fala o vice-presidente do Grupo Graiche, José Roberto Graiche
Junior.
Reuniões e assembleias não devem ser convocadas
neste momento. Nas áreas comuns, por exemplo, dispensers de álcool em gel devem
ser instalados em áreas estratégicas, como porta dos elevadores, portarias e
acessos principais. Caso o produto não seja encontrado, diante da alta procura,
pode ser substituído por álcool 70. Na limpeza geral, recomenda-se alvejantes,
álcool ou produtos com hipoclorito de sódio.
A atenção deve ser redobrada quanto à limpeza,
especialmente em maçanetas, botoeiras, corrimãos, elevadores e halls comuns. Os
funcionários que exercem esse trabalho devem usar equipamentos de proteção,
como luvas e máscaras. “Todos os colaboradores devem ser orientados e,
caso manifestem sintomas da doença, devem comunicar imediatamente à
administração e serem afastados”, ressalta Graiche Junior.
O Grupo Graiche lista outras importantes medidas
que devem ser executadas para a prevenção do coronavírus:
Áreas Comuns:
- Manter os ambientes das áreas comuns bem arejados
com ventilação natural (portas e janelas abertas).
- Manter superfícies e objetos que são tocados com
frequência desinfetados (maçanetas, botões de elevadores, corrimãos das escadas
e rampas).
- Higienizar os brinquedos coletivos da área
do playground.
- Evitar elevadores lotados (a Organização Mundial
da Saúde recomenda que famílias circulem sozinhas pelos elevadores). Peça
paciência aos moradores para o uso consciente do elevador, mas com delicadeza e
sem preconceitos.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir com o cotovelo ou
com um lenço de papel a boca e o nariz e, após, jogar o papel no lixo.
- Caso esteja doente, evitar circular pelos
corredores e áreas de comum acesso.
- Cuidado com o manuseio do lixo. As fezes
são transmissoras do vírus. Peça aos moradores que fechem bem os sacos e
oriente a equipe de limpeza para o uso obrigatório de luvas.
- Abasteça os banheiros das áreas comuns com
álcool em gel, sabonete e papel toalha, mas recomende que os moradores evitem
utilizar o local.
- As garagens são, na maioria dos casos,
fechadas e a circulação de pessoas deve ser apenas em casos de real
necessidade.
- Montar um fluxo de atendimento às entregas,
para que o contato corporal na portaria entre porteiros, moradores e
entregadores seja o menor possível e que aconteça de forma organizada para
evitar grande fluxo.
- Atenção redobrada nas academias e salas de
ginástica, áreas consideradas críticas. Além da limpeza dos funcionários, os
usuários devem higienizar os aparelhos antes e depois do uso, e o condomínio
deve disponibilizar álcool e lenços de papel.
Para os síndicos:
- Não convocar novas reuniões e assembleias.
- Evite, nesse momento, contratações emergenciais
de serviços e pedidos de pagamentos extras, buscando prever, no mínimo, três
dias de antecedência para pagamentos fora da rotina.
- Evite a locação dos salões de festas, churrasqueiras,
espaços gourmet, entre outros.
- Oriente e dê assistência aos funcionários
do condomínio, especialmente os com mais de 60 anos.
- Alguns centros de imunização estão realizando
vacinação contra a gripe em condomínios, visando diminuir aglomerações nesse
período e aumentar a cobertura vacinal da população. Consulte as empresas e o
interesse dos moradores.
Para os moradores:
- Evitem circular nas áreas comuns do condomínio.
- Cuidado extra com as crianças, que são as
maiores transmissoras do vírus. Evitar o contato com idosos ao máximo.
- Ao chegar em casa, lavar as mãos com água e
sabão por, no mínimo 20 segundos.
- Fazer o uso do álcool em gel com intervalos
de, no máximo, duas horas.
- Utilizar produtos de limpeza com cloro para
higienização de superfícies e pisos.
- Limpar maçanetas das portas do apartamento
com álcool sempre que alguém chegar.
- Evitar serviço delivery, que aumenta a
rotatividade e fluxo de pessoas nas portarias.
- Ao chegar em casa da rua, tome banho e
coloque a roupa para lavar com água e sabão, pois as vestimentas conduzem o
vírus para a casa. Pode acrescentar uma tampinha de bactericida (tipo Lysoform)
na máquina de lavar.
- Evite transporte público no horário de
pico.
- No uso de táxi e transportes de aplicativo,
higienize suas mãos após a corrida com álcool em gel.
- Os moradores que não puderem evitar viagens e
circulação em aeroportos devem redobrar as recomendações, evitando circular nas
áreas comuns, ampliando a higiene e evitando o contato com idosos por, no
mínimo, sete dias.
- Com as crianças em casa, será importante
criar uma rotina de atividades para que elas enfrentem esse período. Evite brincar
em ambientes comuns fechados. Caso saia de casa, opte por espaços abertos como
parques e evite shoppings, cinemas e espaços com grande circulação de pessoas.
- Oriente as crianças, especialmente sobre a
higienização e o contato com idosos, mas sem pânico.
- Pais poderão usar a criatividade envolvendo
as crianças em tarefas domésticas e didáticas para que elas permaneçam ativas
mesmo dentro dos apartamentos.
- Estimule o contato com os avós através do
uso do telefone, das mensagens de texto, áudio e vídeos, assim eles não se
sentirão sozinhos, mas continuarão resguardados sem o contato corporal.
- Todos são responsáveis pelo controle da
pandemia. Se estiver doente, informe a administração do condomínio e adote o
pleno isolamento por, no mínimo, 14 dias.
- O Ministério da Saúde lançou um aplicativo
gratuito que pode ser acessado pelo iOS e Android nas plataformas – Coronavírus
SUS. Baixe e acompanhe dicas e triagem virtual (indicação se é necessária ou
não a ida ao hospital).
Cuidados com idosos e pessoas
do grupo de risco:
- As recomendações em relação aos cuidados com os
idosos são de extrema importância. O ideal é que eles permaneçam em isolamento
por todo o período do pico da pandemia no Brasil. Isso significa que os idosos
(moradores acima de 60 anos) devem permanecer dentro da unidade, evitando ao
máximo a circulação. Eles não devem receber visitas, mas todos podem colaborar
com o bem-estar dos vizinhos.
- Familiares devem fazer contato por telefone
e evitar visitas, especialmente das crianças.
- Para que eles não precisem sair para
supermercados e farmácias, os familiares podem providenciar o abastecimento.
- Porteiros, síndicos e vizinhos podem
colaborar, providenciando maior limpeza no hall dos apartamentos dos idosos,
manter o contato através do interfone para saber como estão se sentindo, e
orientá-los. Assim, eles se sentirão acolhidos e menos sozinhos.
- No caso de entregas, a portaria, quando viável ou
com autorização da administração interna, pode auxiliar levando o pedido até o
apartamento, mas evitando o contato corporal com o idoso e tomando as
providências de higiene antes da aproximação.
- Os cuidados devem ser extensivos aos
moradores que apresentam problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos,
pacientes em tratamento de câncer, pessoas com problemas respiratórios e
hipertensão.
- Manter o afastamento social é crucial, mas
não se deve esquecer de ofertar ajuda e manter o contato com os idosos através
do telefone para evitar quadros de depressão e mantê-los assistidos em outras
necessidades e/ou emergências.
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