Casos de trauma no
trânsito, que ocupam leitos de enfermarias e UTI´s, podem ser evitados com
prudência dos motoristas
A SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento
Integrado ao Traumatizado) está fazendo um alerta à população sobre a
importância de prevenir os casos de trauma para evitar que hospitais fiquem
sobrecarregados com o aumento dos casos de COVID-19 no País. A orientação é para
que as pessoas redobrem, principalmente, os cuidados no trânsito, já que este é
um dos principais responsáveis pelos casos de trauma, que levam pacientes a
precisarem de leitos em enfermarias e UTI´s (Unidades de Terapia Intensiva).
“Se considerarmos a progressão geométrica dos casos
em outros países, o Brasil deve registrar um aumento considerável do número de
pessoas com COVID-19. Uma parte desses pacientes vai precisar de internação
hospitalar. Nossa preocupação é otimizar a estrutura hospitalar disponível”,
explica do presidente da SBAIT, Tércio de Campos, que também é cirurgião do
Trauma. “Como o trauma é uma doença prevenível, as pessoas precisam se
conscientizar. Com menos acidentes de trânsito, teremos menos leitos ocupados
por pacientes traumatizados e, consequentemente, mais vagas disponíveis para
pacientes com COVID-19”, afirma.
De acordo com ele, pelo mesmo motivo, é provável
que algumas cirurgias eletivas sejam desmarcadas. “Precisamos ser cautelosos
neste momento. Não é o caso de pânico, mas de prudência. Caso haja um aumento
significativo de COVID-19, como é esperado, precisamos tirar o máximo de gente
possível dos hospitais, por dois motivos: disponibilizar mais leitos para quem
estiver contaminado e evitar que outros pacientes tenham contato com o vírus”,
comenta.
Entre as recomendações para evitar novos casos de
trauma, estão: não usar celular enquanto dirige, não dirigir após consumir
bebida alcoólica e respeitar as leis de trânsito. “Cada um precisa fazer a sua
parte. É hora de unirmos forças para evitar a propagação do coronavírus no país
e também para deixar todos os recursos possíveis disponíveis aos pacientes que
apresentarem sintomas mais graves da doença”, reforça.
O presidente da SBAIT disse, ainda, que a rede de
Telemedicina está disponível para os profissionais de saúde que precisarem
trocar experiência com profissionais de outras regiões. “Nós também temos
centenas de profissionais de saúde cadastrados no nosso Plano Nacional de
Catástrofes para trabalhar como voluntários. Se for necessário, podemos
acioná-los para ajudar no atendimento às vítimas também”, finaliza.
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