Os tumores raros, embora não
muito frequentes, não podem ser esquecidos, muito pelo contrário. Especialistas
devem ser estar atentos às chances de um caso não ser exatamente aquilo que
parece.
"Muitas vezes o paciente
vem com uma biópsia, com uma imuno-histoquímica apontando para o diagnóstico de
um tumor, mas não temos certeza daquele resultado. Até mesmo o médico
patologista pode ficar em dúvida muitas vezes", revela Dr. Arnaldo Urbano
Ruiz, cirurgião oncológico do Centro de Carcinomatose Peritoneal.
Um exemplo simples desta
situação é o nevo de Spitz, uma lesão de pele benigna, que pode ser facilmente
confundida com um melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele.
"Em situações como esta,
a presença de um patologista experiente pode ser fundamental para avaliar se o
caso é de melanoma ou um nevo de Spitz."
Outros casos que costumam
deixar dúvidas são os sarcomas de partes moles, que são tumores que se originam
em tecidos, como músculos ou gordura.
"Sempre que nos
deparamos com um tumor raro, precisamos desconfiar. Não se trata de desconfiar
de outro médico, mas sim do resultado do exame. Para tirar a dúvida, o ideal é
solicitar uma segunda revisão de anatomopatológico, de preferência para outro
laboratório e, se possível, que seja especializado naquela área."
Todo profissional que atenda
pacientes com tumores raros precisa se certificar do diagnóstico para que possa
tratar corretamente seu paciente.
"Às vezes achamos que o
problema é um, mas quando fazemos a revisão em local especializado no assunto,
o diagnóstico muda. Com esta mudança no diagnóstico, todas as orientações e até
mesmo o tratamento também serão alterados", explica Dr. Arnaldo.
Um erro no diagnóstico
comprometerá todo o tratamento e, também, o prognóstico do paciente. No caso de
doenças graves, estas confusões acabam atrasando o início do tratamento
correto, colocando a vida do paciente em risco.
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