Doença, assim como a zika e a chikungunya, é mais propícia para
alta de casos durante o verão
O verão chegou e com ele a preocupação sobre o aumento dos
casos de dengue, zika e chikungunya aumenta. Em janeiro do ano passado, por
exemplo, o país registrou aumento de 149% nos casos de dengue (quase 55 mil
casos confirmados), de acordo com dados do boletim epidemiológico do Ministério
da Saúde.
Com o objetivo de alertar a população e esclarecer
eventuais dúvidas sobre a doença, a Dra. Tatiana Borna Trigo, médica do Porto
Seguro Saúde Ocupacional, explica o que é, quais são os sintomas, diagnósticos
e tratamento da dengue.
O que é?
A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito
Aedes Aegypti, que possui hábito diurno e se multiplica em depósitos de água
parada acumulada nos quintais e dentro das casas. A doença não é
contagiosa.
Quais são os sintomas?
Muitas pessoas confundem os sintomas com a da gripe. Por
isso é importante comparar e notar se os sintomas se assemelham com os
descritos abaixo:
- Febre alta (39° a 40°C) de início abrupto e duração em
média de 2 a 7 dias;
- Dor de cabeça;
- Dores no corpo e articulações;
- Cansaço e fraqueza;
- Dor atrás dos olhos;
- Manchas avermelhadas e coceira na pele;
- Náuseas, vômitos, perda de peso, dor abdominal,
sangramento de mucosas.
Atenção para as situações de hemorragias (sangramento
nasal, gengival, vaginal), manchas arroxeadas na pele. Procurar atendimento
médico.
Como é diagnosticada a dengue?
A dengue é diagnosticada por meio de sintomas clínicos,
exames laboratoriais (sorologia) e Prova do Laço (caso de suspeita), que se
trata de um exame rápido realizado para avaliar o quadro clínico e se existe a
possibilidade de a doença se tornar hemorrágica, o tipo mais perigoso da
doença.
Qual é o tratamento?
Não existe um tratamento específico para a dengue. As
recomendações básicas são tomar bastante líquido para a hidratação e utilizar
remédios para combater a febre e a dor. Mesmo se coincidir os sintomas com os
descritos acima, é de extrema importância procurar atendimento médico e não
realizar automedicação.
Outro ponto importante é não fazer uso de ácido
acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.) e anti-inflamatórios
(Diclofenaco, Voltaren, etc.), pois eles são naturalmente anticoagulantes, o
que aumenta a chance de uma hemorragia.
Como é a prevenção?
Para a prevenção da dengue não existe nenhuma vacina que
combate a doença. Por conta disso, é importante ficar atento a limpeza dos
locais (casas, etc), utilizar roupas mais fechadas, utilizar repelentes e
inseticidas, mosquiteiros e por último, mas não menos importante, evitar deixar
água parada em residências, vasos, pneus, o que contribui para a proliferação
do Aedes. Fique atento e previna-se contra a dengue.
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