O aumento da expectativa de
vida é realidade. Especialista mostra como chegar à velhice com qualidade
Cerca de 30% dos idosos com
mais de 60 anos têm problemas de sarcopenia, entendida como a perda de massa,
força e desempenho da musculatura. A boa notícia é que esse mal pode ter seu
impacto reduzido ou postergado com cuidados simples ao longo da vida.
“Por volta dos 30 anos,
começamos a perder massa muscular, num processo natural, mas a velocidade dessa
perda e o impacto que ela causa na qualidade de vida do paciente decorrem
diretamente da quantidade de massa magra que as pessoas têm no corpo: quanto
menos massa magra tivermos mais riscos corremos”, diz o dr. Roberto Miranda,
cardiologista e geriatra.
Segundo dados do IBGE
(2018), a expectativa de vida ao nascer dos brasileiros aumenta ano após ano e
já atinge 72 anos para os homens e 79 anos para as mulheres, além de ser cada
vez mais comum, pessoas comemorem mais de 100 anos de idade. Mas esses números
são superados quando pensamos por faixa etária, ainda segundo o IBGE uma mulher
com 60 anos, por exemplo, em média viverá mais 22,9 anos, ultrapassando assim o
número estimado no nascimento.
Muito se fala em como o país
está ou não preparado para cuidar dessas pessoas e pouco sobre como a população
está se preparando para viver mais e melhor.
Dr. Roberto Miranda explica
que o indivíduo com pouca massa magra torna-se “fraco” e o quadro pode ser
agravado com a incidência de uma doença aguda. Por exemplo: um idoso com boa quantidade
de massa magra tende a se recuperar melhor de uma pneumonia, pois o organismo
usa esse recurso para auxiliar a recuperação. Com o quadro estabilizado, ainda
sobra massa para ele se recuperar e voltar para suas atividades rotineiras. O
mesmo não acontece com o idoso com pouca massa magra. Ele tem as chances de
morte ou dependência ampliadas, pois o seu organismo pode não ter a força
necessária para se recuperar completamente de uma enfermidade pontual.
“Outro problema é a perda de
massa e de tecido ósseo (osteoporose), que também é comum e aumentam o risco de
fraturas, as quais são extremamente complicadas para lidar e recuperar os
pacientes”, ressalta o geriatra.
Segundo o Ministério da
Saúde, aproximadamente 10 milhões de brasileiros têm osteoporose, o que causa 1
milhão de fraturas por ano. Esses graves problemas podem ser minimizados (ou
adiados) com mudanças simples no cotidiano: ter estilo de vida ativo, o que
significa no mínimo 5 mil passos por dia, ou fazer meia hora de caminhada; ter
alimentação balanceada, que não restrinja os alimentos, mas reduza a ingestão
daqueles que não contribuem com a saúde; ter equilíbrio emocional, para que o
corpo não sofra as consequências de problemas menores; evitar o excesso de
álcool e não fumar.
Outra ferramenta importante
é a suplementação, que proporciona ao organismo os nutrientes essenciais quando
eles não são aportados por meio da dieta nutricional padrão. Um exemplo
clássico é a ingesta de proteínas, que na maioria das vezes não atinge a recomendação
diária. Uma ótima fonte de proteínas são os peptídeos de colágenos que são
isentos de alérgenos, como a proteína do leite, soja e glúten. Uma combinação
adequada e balanceada de proteínas associada a vitaminas, minerais e
aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA´s) são indispensáveis para a síntese
muscular auxiliando na prevenção da sarcopenia.
Já para a saúde dos ossos e
contra a osteoporose é necessária uma ingesta adequada cálcio, vitamina D, K e
magnésio. Lembrando que os ossos não são formados apenas por cálcio e que o
aporte de proteína para os ossos, além da vitamina D e magnésio, é fundamental
para a formação de um composto ósseo de qualidade, não esquecendo o papel da
vitamina K2 como um carreador do cálcio para os ossos evitando que ele se
acumule nas artérias e rins. Vale mencionar que existem diversas fontes de
cálcio, e que o Cálcio Citrato Malato, dentre os compostos de cálcio é o melhor
absorvido pelo nosso organismo, chegando a ser quase 2 vezes mais absorvido do
que o carbonato de cálcio.
Uma alimentação balanceada,
seja via dieta nutricional padrão ou suplementada, e a prática de atividade
física regular são a chave para manter o organismo em condição de oferecer a
melhor resposta frente às necessidades habituais, promovendo um envelhecimento
mais saudável e longevo.
“Nada disso é fácil, mas os
resultados são evidentes e comprovados por inúmeros estudos. Por isso, minha
dica para todos é: parem de procrastinar. Comecem hoje a fazer a diferença,
independente da sua idade”, completa dr. Roberto Miranda.
Biolab
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