Entenda
como o cérebro funciona ao ver tantos descontos
O ato de comprar é algo que traz um sentimento de
conquista, de obter o que deseja, e mais especificamente, libera a dopamina,
substância do cérebro responsável pelo prazer e satisfação. Ou seja, acessamos
esses sentimentos no ato de comprar, mesmo que sem desconto.
Em uma liquidação, ao adquirir algo por um preço
mais baixo, o nível de dopamina é ainda maior, pois há satisfação em gastar
menos por um produto.
“Somos animais racionais, mas ainda agimos de
maneira irracional muitas vezes. Comprar por impulso é uma delas, justamente
pela possibilidade de obter esse gatilho mental. Porém, ao fazê-lo de forma
consciente, sabendo que o produto comprado irá te beneficiar, o ato se torna
ainda mais prazeroso”, conta Leandro Cunha, especialista em inteligência emocional.
Em eventos com grandes descontos que parecem
únicos, em que a maioria das pessoas sente mais liberdade para gastar sem
culpa, esse impulso pela compra é aceito socialmente, mas ainda precisa ser
previamente analisado pelo cliente para não sair no prejuízo.
Outro gatilho é o sentimento de perda: a sensação
de escassez e urgência que sentimos ao saber que os produtos na Black Friday
podem se esgotar em pouco tempo, também motiva a compra desenfreada.
“É possível observa isso no comportamento dos
norte-americanos, que levam liquidações ao extremo. Existem casos onde as
pessoas passam por cima de outras fisicamente, agindo de forma irracional,
apenas para obter alguma mercadoria”, relata Leandro.
Nessa situação, o consumidor leva mais do que
precisa, pois acredita que é necessário comprar, justamente pela aversão ao
sentimento de perda, não quer perder os descontos.
“Esses são artifícios usados em maior escala,
quando há queima de estoque, que influenciam diretamente os clientes, causando
essa euforia coletiva”, finaliza o especialista.
Leandro
Cunha - Treinador em Inteligência emocional e Espiritual e presidente da FBIE -
Fundação Brasileira de inteligência emocional
@leandrocunhaie
- Instagram
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