Neurocirurgião explica de onde
surgem os incômodos e como trata-los
A possibilidade de você já ter sentido pelo menos uma vez
uma dor nas costas é alta, mas uma grande parcela da população é obrigada a
conviver com esse desconforto pela vida toda. Um estudo recente do Hospital das
Clínicas de São Paulo apontou que um a cada quatro brasileiros tem dor nas
costas regularmente.
Entender a origem dos problemas é o primeiro passo para se
livrar das dores. Em geral, a dor surge na parte muscular, óssea ou articular
da coluna, podendo ser de causa degenerativa, traumática ou congênita em alguns
casos, mas raramente será neurológica.
O Dr. Mariano Ebram Fiore, neurocirurgião com
fellowship pela Ohio State University, explica que quando um paciente tem
hérnias de discos, por exemplo, ele tem então um problema que é uma degeneração
na articulação da coluna. “O disco, que é um instrumento de amortecimento da
articulação, pode se desgastar, sobressaindo de sua estrutura, e comprimindo um
nervo próximo a ele”.
As dores ósseas podem ser causadas por traumas e as dores
musculares surgem de má postura, excesso de atividades, ações exercidas com
sobrepeso e ou mal executadas. “Precisamos ter muita sensibilidade para
lidar com dores nas costas, pois uma ação que você executa sem ter cuidado,
como levantar objetos pesados, pode acarretar num problema muscular,
e a repetição disso com certeza vai causar um desgaste articular”,
explica o especialista.
Após descobrir a origem, como seguir com os tratamentos?
Para definir um ou alguns tratamentos para dor nas costas
é preciso uma análise individual, principalmente porque são muitas
alternativas e variam de acordo com o caso e o paciente. “Quando fazemos o
diagnóstico, não podemos olhar apenas qual é o problema e qual a sua origem e
ignorar todo o resto, precisamos analisar o histórico do paciente e como o
problema afeta a vida dele", esclarece Fiore.
Mas ainda assim, o médico destaca alguns métodos como o
medicamentoso e o terapêutico, com o objetivo de impactar o mínimo possível a
rotina do enfermo e aumentar a qualidade de vida, uma vez que muitos problemas
podem ser revertidos quando descobertos em estágio inicial.
“Como a postura ou a rotina causam muitos problemas,
podemos indicar fisioterapias para que sejam corrigidos antes que se
torne algo mais grave e, além disso, alguns remédios podem aliviar as dores por
algum tempo. Só optamos por cirurgias, imobilizações ou outros métodos mais
invasivos quando entendemos que a situação atinge certo nível de gravidade”,
conclui o médico.
Dr. Mariano
Ebram Fiore -
neurocirurgião, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN),
com Fellowship em Neurocirurgia pelo Hospital Beneficência Portuguesa e
Fellowship em Cirurgia Craniana Minimamente Invasiva pela Ohio State
University, atua em alguns dos principais hospitais de São Paulo, como o
Hospital Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Oswaldo
Cruz e também nos principais Hospitais do Vale do Paraíba.
@drmarianoebramfiore
Nenhum comentário:
Postar um comentário