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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

5 mitos e verdades sobre emagrecimento saudável


Na época de praias e piscinas, endocrinologista Guilherme Renke dá dicas de como potencializar a perda de peso com saúde


Verão e período pós fim de ano formam uma combinação que costuma trazer à tona as famosas dietas de emergência. E é aí que mora o perigo para a saúde, já que medidas radicais podem interferir no funcionamento do organismo e até mesmo provocar o terrível efeito sanfona. “Dietas restritivas, feitas sem o acompanhamento de um médico ou nutricionista, podem trazer consequências graves, como os transtornos alimentares. Além disso, ainda aumentam o risco de sarcopenia, que ocorre quando há perda de massa muscular com prejuízo metabólico para o paciente”, explica Guilherme Renke, endocrinologista, médico do esporte e consultor da Via Farma.

Mas, se o objetivo for mesmo emagrecer com mais rapidez, o segredo é procurar orientação médica. “Além da indicação de uma dieta adequada, é possível potencializar o emagrecimento com a indicação de ativos naturais manipulados de acordo com a necessidade de cada paciente. A vantagem dessas opções é que os efeitos colaterais são baixos ou até inexistentes”, pontua. É essencial optar pelas fórmulas com eficácia comprovada em estudos – daí a importância dessa escolha ser feita junto de um médico ou nutricionista. “Além disso, é essencial que o paciente aumente a frequência de exercícios na semana, seguindo uma dieta adequada e diminuindo o consumo de álcool e açúcar”, completa o especialista.

Para ajudar na missão de emagrecer de forma efetiva – e o mais importante, com saúde – o especialista falou sobre alguns mitos e verdades que cercam o assunto. Confira abaixo.



Existe um peso ideal para cada pessoa

Mito. O peso mostrado na balança convencional não é tudo o que importa para a saúde. Imagine que, aos 20 anos, um indivíduo tenha 50kg, com uma boa massa muscular e baixo percentual de gordura. Mas, se essa mesma pessoa chegar aos 40 anos com os mesmos 50kg, compostos por alto percentual de gordura e pouca massa muscular, sua chance de desenvolver síndromes metabólicas e resistência à insulina será aumentada. No fim das contas, o que mais importa não é o peso, mas sim a composição corporal, que é a proporção entre gordura e massa magra no organismo.


Emagrecer e perder peso significam a mesma coisa

Mito. Ao contrário do que muitos acreditam, há uma diferença entre os dois conceitos. Perder peso quer dizer “diminuir o número na balança”, independente da proporção de gordura e massa magra que foi perdida. Já o emagrecimento vai além disso: é a redução da gordura corporal com mínimas alterações no volume de massa muscular. Quanto mais massa magra no organismo, maior é o gasto calórico em repouso e mais rápida também será a queima de gordura.


Extratos naturais ajudam a emagrecer

Verdade. A fitoterapia tem ganhado cada vez mais espaço no tratamento do sobrepeso e da obesidade. Isso porque muitos pacientes querem evitar o uso de medicamentos controlados e alguns não possuem critérios para o uso de certos fármacos. Por isso, vale falar com o médico ou nutricionista sobre as opções naturais disponíveis atualmente. Algumas combinações manipuladas, como a de Alchemilla vulgaris L., Olea europaea L., Mentha piperita e Cuminum cyminum L., são alternativas naturais e altamente eficazes, com ação comprovada por estudos científicos.


Exercício físico dá fome

Mito. Existe o boato de que fazer atividade física aumenta o apetite, o que dificultaria o emagrecimento. Mas isso não tem fundamento – o exercício é sim uma abordagem segura e bem-sucedida para a mudança da composição corporal, especialmente a musculação. Estudos mostram, inclusive, que além de queimar calorias, a atividade física até ajuda a controlar a fome.


Água ajuda a emagrecer

Verdade. Um corpo mais hidratado tem um metabolismo mais eficiente, o que favorece o processo de emagrecimento. Além disso, uma boa ingestão de água também previne a retenção de líquidos, diminuindo o inchaço responsável por medidas a mais. A necessidade diária de água varia de pessoa para pessoa, dependendo das características do organismo e da rotina de exercícios.






Guilherme Renke – médico titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e também da Sociedade Brasileira de Medicina e Esporte.


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