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terça-feira, 23 de julho de 2019

Julho Amarelo: Nutricionistas dão orientações para evitar as contaminações virais


Neste mês de conscientização sobre as hepatites virais, conheça boas práticas para evitar a contaminação dos alimentos


Atualmente, segundo a Anvisa, uma em cada dez pessoas adoece no mundo após consumir alimentos contaminados. Estima-se que 420 mil pessoas morrem a cada ano, sendo as crianças menores de cinco anos as mais afetadas.

No Brasil existem 5 tipos de hepatites virais classificadas conforme o agente infeccioso — A, B, C, D e E — que estão presentes em todo o mundo, ainda que algumas localidades tenham maior prevalência de um tipo. No Brasil, os mais comuns são os tipos A, B e C. 
 
A Hepatite A também é conhecida como hepatite infecciosa. A via de transmissão do agente é por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, ou ainda pelo contato fecal-oral, em que a pessoa fica exposta às fezes contaminadas.
 
 É fundamental discutir e disseminar informações sobre a importância dos cuidados com a higienização e manipulação dos alimentos como forma de mobilizar a sociedade. As hepatites do tipo A e E, por exemplo, podem ser transmitidas por contaminação da água e de frutas e verduras. 

A higienização destes alimentos (frutas, verduras e legumes) deve ser feita mediante a lavagem criteriosa e imersão em solução clorada por no mínimo 15 minutos e posterior enxague.

“A solução clorada deve ser usada para desinfecção de verduras, frutas e legumes, também nas residências.  O produto utilizado para o preparo da solução é o hipoclorito de sódio que é distribuído nas Unidades Básicas de Saúde, inclusive. No caso de restaurantes, a legislação sanitária exige que seja feito um procedimento de desinfecção semelhante. ”

É o que explica a nutricionista Viviani Fontana, membro do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS e pós-graduada em Vigilância Sanitária e Qualidade em Alimentos. Segundo Viviani, deixar estes alimentos de molho em solução clorada reduz a possibilidade de contaminação. 

“As boas práticas de manipulação são medidas para combater a hepatite e outras DTAs - doenças transmitidas pelos alimentos, uma vez que os alimentos podem estar contaminados por microrganismos como vírus e bactérias", complementa Viviani. 

Também cabe ressaltar que a contaminação dos alimentos nem sempre é perceptível, o que reforça a importância de orientar a população sobre os cuidados na manipulação dos alimentos para garantir a segurança no consumo.
“Um alimento contaminado pode gerar danos à saúde sem apresentar nenhum sinal aparente. Uma coisa é a alteração física, que são os alimentos deteriorados e às vezes apresentam aparência, odor e um sabor desagradável. Esses normalmente nós descartamos ”, conclui.


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