Há alguns anos, se popularizou
a busca das empresas por certificações ISO. A prática se tornou um atestado de
qualidade de serviços e produtos muito valorizados no mercado mundial. Isso porque
a própria ISO nasceu em um contexto de reestruturação da indústria. As empresas
buscavam meios de padronizar produções, garantir os melhores processos,
maximizar lucros, reduzir custos e oferecer atestados de qualidade ao
consumidor.
Até pouco tempo, qualidade,
padrão e garantia eram palavras dadas por vendedores. Alguns cumpriam, outros
não. As normas e certificações passaram a assegurar que o que a venda dizia era
verdade, trazendo segurança ao consumidor. Não é a toa que a norma mais famosa,
e uma das primeiras a ser certificável, foi a ISO 9.001, que fala justamente de
qualidade.
Apesar disso, os contextos
sociais e econômicos foram se tornando cada vez mais complexos. Padronizações
começaram a ser vistas com otimismo para atender à gestão, equipe, padrões
governamentais, lida com riscos, meio ambiente, entre muitos outros aspectos
dos negócios. Antes, esses aspectos eram ignorados, pois não havia uma noção de
valor a eles atribuídos pela sociedade.
Conforme isso mudou, novas
normas foram sendo demandas. O mercado precisava garantir seu bom funcionamento
mediante a um mundo em transição. Hoje, temos normas que garantem até práticas
de inovação, por exemplo, numa busca por disseminação de melhores práticas. É
por conta dessa grande necessidade de evolução, que as certificações ISO são
mais importantes e demandadas do que nunca. Abaixo, seis motivos para
aderi-las.
Novas tecnologias: Vivemos em um mundo onde novas tecnologias surgem
a todo momento. Elas precisam dialogar entre si, apresentar potenciais que se complementem,
mas que entreguem ao cliente algo sempre melhor, garantindo competitividade e
qualidade. Isso ainda se aplica ao desenvolvimento de coisas que até então eram
sonhos. O próprio avanço científico e tecnológico precisa de regras.
Mundo globalizado: Estamos concorrendo com todos ao mesmo tempo. Para
garantir que não se fique para trás em quesitos de mercado, é preciso estar
pronto para jogar com os grandes players internacionais em todas as
frentes. Apresentar um produto inferior que não cumpre o mínimo desejável pelo
cliente é algo impensável.
Contexto social: Não é mais permitido a uma empresa estar fora de
regulamentações ambientais, por exemplo. Além de a empresa correr o risco de
cometer crimes, sua imagem é extremamente prejudicada quando isso ocorre. Sendo
assim, cumprir com exigências sociais e legais também é algo que as
certificações ajudam a garantir.
O futuro do trabalho: A gestão de pessoas
mudou. Hoje, há uma intersecção entre trabalho humano e trabalho robótico, por
exemplo, e essas relações precisam ser bem organizadas para que as produções
estejam de acordo com o que traz mais lucro para a empresa.
Gestão do futuro: As normas de gestão também se enquadram aqui. Não
é mais possível se ater apenas a lidar com os problemas quando eles ocorrem, ou
gerir uma empresa baseado apenas na experiência. É preciso seguir procedimentos
que garantem o mínimo de sucesso, a competitividade, e se blindar contra os
riscos.
Inovação: Para finalizar, é preciso compreender processos e
comportamentos voláteis. Implementar procedimentos que garantam uma lida
produtiva com a volatilidade do mercado é a melhor maneira de compreender
mudanças e conquistar ideias inovadoras que garantam o crescimento das
empresas. As normas ISO estão aí para garantir justamente que lidemos da melhor
forma com um mundo cheio de variáveis, garantindo o
futuro dos nossos negócios.
Para cada um
desses temas, temos uma gestão ISO específica, que mostra a melhor direção para
a empresa. E uma vez definida essa direção, as escolhas e decisões se tornam
muito mais assertivas.
Alexandre
Pierro - fundador
da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, engenheiro mecânico
pelo Instituto Mauá de Tecnologia e bacharel em física nuclear aplicada pela
USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por
áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six
Sigma/ Black Belt, especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas
ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade,
ambiental e inovação. Atualmente, cursa MBA em inovação.
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