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terça-feira, 21 de maio de 2019

No Brasil, 94% das pessoas que têm cães os consideram membros da família


 O dado é parte da pesquisa encomendada pela Proteção Animal Mundial para lançar a campanha “A vida é melhor com cães”, que visa celebrar a convivência com o “melhor amigo do homem” ao mesmo tempo que aborda questões como abandono e falta de cuidados veterinários


Apesar de 60% dos brasileiros discordarem com o abandono de cães, somente 17% das pessoas que possuem cachorros adotam animais abandonados nas ruas. O dado é parte de pesquisa de percepção encomendada pela organização não-governamental Proteção Animal Mundial para lançar a campanha global “A vida é melhor com cães”. Com o objetivo de celebrar a vida com cães, a campanha irá abordar problemas como o abandono de animais e a falta de cuidados veterinários. Parte desse esforço é a premiação “Cidade amiga dos animais”, lançada junto com a campanha para reconhecer as melhores práticas no manejo humanitário de cães e gatos em cidades da América Latina.

“‘A vida é melhor com cães’ é uma grande celebração na qual iremos pedir para as pessoas compartilharem conosco histórias de superação que provem o papel fundamental dos cachorros na nossa vida diária. Por meio dessas ações positivas, a campanha pretende promover o bem-estar desses animais e o convívio saudável com as comunidades”, explica Rosângela Ribeiro, gerente de campanhas veterinárias da Proteção Animal Mundial no Brasil.

Dos cinco mercados analisados pela pesquisa - Brasil, Quênia, Tailândia, Índia e China, o Brasil é o país no qual as pessoas mais tem cachorros e entre os entrevistados brasileiros que possuem pets, 77% citaram cães como seu bicho de estimação. Destes, 94% consideram o animal um membro da família. “Esse dado é bem interessante, mas também contraditório. Apesar desses animais serem considerados como parte da família, ainda falta consciência em relação aos cuidados com o bem-estar destes animais, a  importância dos cuidados veterinários, dos passeios, da castração e da responsabilidade de todos em relação aos animais que estão vivendo nas ruas”, cita Rosângela.

Além disso, a pesquisa aponta resistência dos entrevistados em relação ao uso do microchip como forma de identificação, e ainda que concordam que os cachorros podem andar livremente nas ruas. No Brasil, apenas 13% discorda completamente que seus cachorros podem andar livres pelas ruas.

Cidade Amiga dos Animais - Já em relação aos cachorros abandonados nas ruas, os brasileiros mostraram uma grande preocupação (47%) com o crescimento dessa população. No entanto, apenas menos da metade dos entrevistados (49%) já fez algo por iniciativa própria para mudar a vida desses animais. E, há um desconhecimento total sobre quais medidas devem ser adotadas, em relação a cuidados veterinários, manejo populacional e ataques. A pesquisa indicou que no Brasil, infelizmente, 8% dos entrevistados ainda concordam em envenenar cães de rua.
 
“Uma vez que os animais são abandonados, eles passam a ser responsabilidade de todos - pessoas, ongs, poder público... Mas é na esfera dos governos municipais, que o problema dos cães e gatos de rua pode ter soluções concretas com a implementação de  políticas públicas que lidem com essas populações de animais da forma coordenada, permanente e mais humanitária possível”, explica.
 
Para identificar as melhores práticas no manejo humanitário de cães e gatos em cidades da América Latina, a Proteção Animal Mundial apresenta o prêmio “Cidade amiga dos animais”. As inscrições estão abertas para qualquer município latino americano, que deve submeter as suas estratégias, políticas e práticas para garantir um manejo ético, efetivo e sustentável de cães e gatos. O objetivo é divulgar e premiar propostas inovadoras que possam ser adotadas e replicadas por outras cidades ao redor do mundo.
 
O responsável/gestor do município mais bem avaliado irá ganhar uma viagem para participar da 3ª Conferência ICAM sobre Manejo Populacional de Cães, que acontecerá em setembro de 2019, em Mombasa, no Quênia. As inscrições estarão abertas até o dia 10 de junho de 2019. A iniciativa conta com o apoio do Conselho Federal de Medicina Veterinária e Zootecnina (CFMV), do  ITEC (Instituto Técnico de Educação e Controle Animal), da OiE (Organização Mundial da Saúde Animal),da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da WSAVA (World Small Animal Veterinary Association).
 
Para mais informações e inscrição acesse o site: worldanimalprotection.org.br/cidade-amiga




Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)
A Proteção Animal Mundial (anteriormente conhecida como Sociedade Mundial para a Proteção Animal) mudou o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br.


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