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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dia Mundial da Hipertensão Arterial: médicos alertam para os riscos da “pressão alta”



No dia 17/5, comemora-se o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2017, ocorreram 34 mortes por hora, 829 óbitos por dia e mais de 302 mil óbitos ocasionados por doenças cardiovasculares no Brasil (infarto, hipertensão, AVC e outras enfermidades), que têm como principal fator de risco a hipertensão arterial. Popularmente conhecida como “pressão alta”, a doença afeta pelo menos um a cada quatro adultos no país.

De acordo com Bruno Penha, médico do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), a hipertensão arterial normalmente é assintomática. “Esse é o grande desafio, já que o paciente pode apresentar pressão alta durante vários anos, sem apresentar sintomas. Alguns pacientes podem ter cefaléia (dor de cabeça) quando a pressão fica elevada, mas não é a regra”, explica. Segundo Rodrigo Hammes Strelow, cardiologista da mesma instituição, além da dor de cabeça, podem ocorrer queixas de sensação de peso na nuca, tontura, zumbido e mal estar. “É uma condição silenciosa. Não se deve aguardar por sintomas para que o diagnóstico seja feito”, alerta.

Na maioria das vezes, o aparecimento da hipertensão arterial é causado ou antecipado pelo aumento de peso, consumo excessivo de sal, abuso de álcool e pelo sedentarismo. “Além disso, a prevalência da hipertensão aumenta progressivamente com a idade e é significativamente maior em pessoas da raça negra”, explica Strelow. O médico frisa que, para realizar o diagnóstico e tratamento, a pressão arterial precisa ser medida periodicamente e de forma correta. “Em algumas situações, podem ser utilizadas a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) para confirmação ou exclusão do diagnóstico. Sāo exames complementares que auxiliam o médico em caso de dúvida diagnóstica e no controle da eficácia terapêutica.”

O tratamento tem como base medidas não farmacológicas. Recomenda-se realizar mudanças no estilo de vida, como restringir o consumo de sal e álcool, praticar atividades físicas e controlar o peso corporal. “Muitos pacientes, no entanto, precisarāo de tratamento medicamentoso, que deve ser utilizado diariamente (na maioria das vezes, em uma dose única no dia). O ajuste da dose e as mudanças terapêuticas sāo feitas durante as consultas médicas, cuja periodicidade necessita ser individualizada”, detalha Strelow. “São mais de cinco classes de medicações aprovadas para o controle e cada paciente deve ser avaliado para a escolha da melhor medicação, que pode ser usada isoladamente ou em associação”, complementa Penha.

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