No dia
17/5, comemora-se o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. Segundo o Ministério
da Saúde, somente em 2017, ocorreram 34 mortes por hora, 829 óbitos por dia e
mais de 302 mil óbitos ocasionados por doenças cardiovasculares no Brasil
(infarto, hipertensão, AVC e outras enfermidades), que têm como principal fator
de risco a hipertensão arterial. Popularmente conhecida como “pressão alta”, a
doença afeta pelo menos um a cada quatro adultos no país.
De acordo com
Bruno Penha, médico do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville
(SC), a hipertensão arterial normalmente é assintomática. “Esse é o grande
desafio, já que o paciente pode apresentar pressão alta durante vários anos,
sem apresentar sintomas. Alguns pacientes podem ter cefaléia (dor de cabeça)
quando a pressão fica elevada, mas não é a regra”, explica. Segundo Rodrigo
Hammes Strelow, cardiologista da mesma instituição, além da dor de cabeça,
podem ocorrer queixas de sensação de peso na nuca, tontura, zumbido e mal
estar. “É uma condição silenciosa. Não se deve aguardar por sintomas para que o
diagnóstico seja feito”, alerta.
Na maioria
das vezes, o aparecimento da hipertensão arterial é causado ou antecipado pelo
aumento de peso, consumo excessivo de sal, abuso de álcool e pelo sedentarismo.
“Além disso, a prevalência da hipertensão aumenta progressivamente com a idade
e é significativamente maior em pessoas da raça negra”, explica Strelow. O
médico frisa que, para realizar o diagnóstico e tratamento, a pressão arterial
precisa ser medida periodicamente e de forma correta. “Em algumas situações,
podem ser utilizadas a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou
a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) para confirmação ou
exclusão do diagnóstico. Sāo exames complementares que auxiliam o médico em
caso de dúvida diagnóstica e no controle da eficácia terapêutica.”
O tratamento tem
como base medidas não farmacológicas. Recomenda-se realizar mudanças no estilo
de vida, como restringir o consumo de sal e álcool, praticar atividades físicas
e controlar o peso corporal. “Muitos pacientes, no entanto, precisarāo de
tratamento medicamentoso, que deve ser utilizado diariamente (na maioria das
vezes, em uma dose única no dia). O ajuste da dose e as mudanças terapêuticas
sāo feitas durante as consultas médicas, cuja periodicidade necessita ser
individualizada”, detalha Strelow. “São mais de cinco classes de medicações
aprovadas para o controle e cada paciente deve ser avaliado para a escolha da
melhor medicação, que pode ser usada isoladamente ou em associação”,
complementa Penha.
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