No ano de 2014, São Paulo passou pela maior crise
hídrica dos últimos 80 anos. Engana-se, no entanto, quem acredita que hoje o
cenário é outro. Segundo dados da Sabesp, no início do mês de maio de 2018, o
reservatório da Cantareira contava com 49,3% de sua capacidade (sem considerar
a reserva do chamado volume morto). Registrar menos de 50% da
capacidade antes da entrada oficial na temporada seca,
entre junho e outubro, está longe do cenário ideal.
Considerando essa realidade e que os meses de seca
se aproximam, é necessário retomar o assunto para que se tome consciência do
problema e para que todos possam contribuir para algo efetivo em prol da
situação. “É importante saber que todos nós podemos promover mudanças dentro de
casa que farão muita diferença no futuro. Há alternativas simples para redução
do consumo de água potável em até 20% em relação ao consumo padrão e são elas
que procuramos implantar em todos os nossos empreendimentos”, afirma Gabriela
Coelho, da Inkoa, incorporadora com seis
anos de atuação no mercado imobiliário da capital paulista. As dicas abaixo
foram compiladas pela empresa e podem ajudar consideravelmente na redução do
consumo de água. Vamos a elas!
Equipamentos sanitários eficientes
A quantidade de água potável desperdiçada em
descargas é muito grande: elas podem representar de 30% a 40% do total da conta
mensal de água. A dica é utilizar as bacias sanitárias com volume de descarga
reduzido (VDR). “Muitas marcas já possuem descarga acoplada com botão de
acionamento duplo, permitindo ao usuário a escolha entre dois volumes distintos
de água de descarga. O volume maior é igual ao volume útil da caixa e o menor é
igual a 50% do total. A utilização desse simples dispositivo pode significar
economia de até 75% se comparado com produtos tradicionais”, afirma Gabriela.
Recolha de águas pluviais
O aproveitamento da água da chuva propicia uma
grande economia de água potável, além de ajudar a conter enchentes. Essa água é
armazenada em um sistema independente daquele vindo das estações de tratamento
e ela pode ser utilizada em torneiras de jardins, descargas, espelhos d’água,
irrigação. “Ter pontos de captação de água da chuva representa não só um uso
mais consciente da água, mas também uma economia bastante grande”, conta
Gabriela Coelho. Ela completa explicando que é muito simples aplicar isso em
casa. “Na minha casa, por exemplo, eu tenho duas mini cisternas que captam água
da chuva. Eu uso para regar o jardim e lavar alguns itens das áreas externas.
Muitas lojas vendem essas cisternas que são multifuncionais e, além de captar
águas pluviais, também auxiliam no reaproveitamento da água da máquina de lavar
roupa e água do chuveiro”.
Reciclagem de águas cinzas
As águas cinzas são geradas por chuveiros, banheiras,
lavatórios, tanques e máquinas de lavar roupas. Essa água pode ser armazenada,
filtrada e, depois, distribuída para diferentes pontos de uso, podendo ser
reutilizada para irrigação, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários,
sistemas de ar condicionado, lavagem de veículos e quintais, entre outros.
Instalação de restritores de pressão ou reguladores
de vazão diretamente nos pontos de consumo
A redução do consumo também pode ser alcançada com
a instalação de dispositivos hidráulicos que controlem vazões e pressões, tais
como torneiras e chuveiros com restritores de vazão, registros reguladores de
vazão, torneiras com arejadores, bacias sanitárias com volume de descarga
reduzido, lavatórios com torneiras de fechamento automático, entre outros.
Instalar chuveiros e torneiras que economizam água
O arejador é um dispositivo que pode ser instalado
em torneiras e ajuda consideravelmente na economia de água, chegando em níveis
de 25% a 50% a menos de água a cada uso. “Ele aumenta a quantidade de ar na
saída da água e, dessa forma, há a redução do volume de líquido sem perda da
sensação de pressão”, explica Gabriela Coelho. Em relação aos chuveiros, os
elétricos são os mais econômicos, já que a água tem aquecimento quase imediato.
Dispositivos redutores de vazão também podem ser instalados nos chuveiros,
independente da forma de aquecimento.
Irrigação de jardins
Ter um sistema de irrigação de jardins é muito
importante para uma boa gestão da água, pois otimiza o consumo e faz com que
cada planta receba a quantidade necessária. Outro ponto crucial é que você pode
optar por plantas que consomem pouca água, como as que têm folhas pequenas em
vez daquelas com folhagens gigantes. “Aposte nas suculentas e cactos também. As
folhas grossas servem como um sistema de armazenamento de água próprio da
planta, o que faz com que o consumo de água seja baixo”, indica Gabriela.
Sobre a Inkoa – A Inkoa
surgiu da junção da Ink Incorporadora à Koa Estruturadora, com o objetivo de
transformar a relação entre as pessoas e delas com a cidade. A Inkoa propõe uma
nova prática imobiliária em São Paulo, focada em experiências inspiradoras e de
qualidade. Com projetos em bairros nobres da cidade de São Paulo, como Pompeia,
Vila Olímpia, Alto da Lapa, Pinheiros e Brooklin, vem transformando a paisagem
da maior cidade do país e implantando o melhor estilo de vida para seus
clientes, investidores e vizinhos. Mais informações em http://www.inkoa.com.br.
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