Especialista
explica sobre sintomas de determinadas patologias que dão os primeiros indícios
na cavidade oral
Quando falamos sobre a
saúde da boca, em primeiro lugar lembramos de cáries, implantes, gengivite
entre outros incômodos ligados aos problemas bucais comuns. O que pouca gente
sabe é que diversos sintomas surgem na cavidade oral e indicam a presença de
algumas patologias que podem ser ou não graves, e por isso não devem ser
ignorados.
Segundo explica o gastroenterologista
do Hapvida Saúde, João Paulo Cândido Barbosa, é muito comum o surgimento de
alterações inflamatórias ou infecciosas na boca, além de doenças sistêmicas que
apresentam lesões como aftas, glossites e úlceras. “As doenças mais comuns que
podem se manifestar por meio da boca são: aids, sífilis, diabetes, anemia,
refluxo gastroesofágico, câncer de boca e doenças autoimunes, como, por
exemplo, lúpus”, diz.
Confundir feridas com aftas pode ser
frequente, mas o especialista faz o alerta para que o indivíduo saiba
identificar quando há algo de errado, notando reincidência e permanência de
mudanças. “Lesões que não cicatrizam em duas semanas associados ou não à perda
de peso, dor, sangramento e aparição de linfonodos palpáveis devem ser
consideradas suspeitas”, explica Barbosa.
O médico esclarece também as
diferenças entre doenças infecciosas, autoimunes e tumorais. As autoimunes
provocam inflamações de outros órgãos, como, por exemplo, artrite, lesões na
pele ao se expor à luz solar, doenças cardiovasculares entre outras. No caso
das infecciosas, os sintomas são febre, adinamia (fraqueza muscular) e
geralmente prejudicam mais de um órgão.
Já as tumorais, apresentam-se
inicialmente no local da lesão e podem se espalhar nos casos de doença
neoplásica avançada, o câncer. “A distinção entre os tipos, muitas vezes,
acontece com a ajuda do procedimento de biópsia no local afetado”, explica.
O autoexame na cavidade bucal ajuda a
identificar alterações de origens duvidosas que sinalizam a necessidade de
procurar um apoio médico imediato para receber o diagnóstico e tratamento
adequados. “Além disso, o autoexame também auxilia na detecção precoce de um
tumor”, conclui.
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