Ilustração
Pixabay
Você
está participando de um processo de seleção para uma vaga que deseja muito.
Entre os candidatos, alguns com perfis muito parecidos com o seu. Claro, vocês
foram escolhidos pelo currículo para concorrer ao mesmo cargo. Por isso, o
importante é focar no que você tem de diferente para oferecer.
“Costumamos
falar que há o hard skill e o soft skill. São termos em inglês que acabamos
adotando por aqui. O primeiro diz respeito às
habilidades técnicas, experiência e estudo, o que se
aprende na busca pelo conhecimento. Já a segunda, soft skill, são as
habilidades comportamentais e competências
subjetivas que você desenvolve”, explica o coach Edson de Moraes, formado pelo
Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF – International Coach Federation.
Ele
afirma que é muito comum quando o recrutador pergunta ao candidato quais suas
qualidades, este responder o que já está no currículo ou no perfil do Linkedin.
E alerta: “É comum, um ficar enfeitando o currículo e o outro enfeitando
a vaga. E isso vira um namoro de pássaros que resultará em três meses de
paixão. Começará com o ‘oba, oba’ e terminará no ‘êpa, êpa’, resultando no fim
do encantamento”.
Moraes
aconselha o candidato a falar sobre suas habilidades fora do profissional, além
de pesquisar o que a empresa está buscando em um candidato para aquela vaga.
O que
citar
Alguns
pontos positivos que as pessoas, por nervosismo ou por não darem importância,
acabam não mencionando:
-
aptidão de lidar com problemas complexos;
-
criatividade;
-
capacidade de trabalhar bem em grupo;
-
pensamento crítico;
-
flexibilidade cognitiva.
Algumas
pessoas, principalmente quando buscam o primeiro emprego, não acham relevante
comentar que fizeram parte de um time que praticava determinado esporte. Que
participavam do teatro e da produção de peças no colégio ou faculdade. Que
cantavam no coral da universidade. Que trabalharam como babás ou cuidadores.
Que fizeram trabalho voluntário em abrigos de animais ou casas que cuidam de
idosos ou que saiam à noite distribuindo sopas e cobertores para os sem-teto.
“Esse
tipo de comportamento passa ao entrevistador abnegação, sensibilidade, preocupação com o próximo
e capacidade de atuar em grupos. E qual a
importância disso para o cargo? A mensagem é que se
trata de alguém sensível, que pode unir o time, levar o grupo a um
propósito final. Isso passa seus valores e crenças. E muitas empresas não têm
valores, mas estão buscando por eles. E isso será seu diferencial”, ensina
Moraes.
Já
para os mais experientes, cuidado ao mencionar o motivo pelo qual saiu de
empresas anteriores. Não faça críticas, pois estará passando uma mensagem muito
negativa. “Fale de você, e sempre do seu ponto de vista. Não fale mal do lugar
ou de pessoas onde trabalhou, pois, no fundo, isso
falará mais sobre você que do lugar”,
finaliza o coach.
Edson Moraes é sócio
do Espaço Meio - https://espacomeio.com.br,
Executive Coach desde 2014 e Consultor
(Gestão & Governança) desde 2003. Foi Executivo do Bank of America entre
1982 e 2003. Seguiu carreira na Área de Tecnologia da Informação, foi Head do
Escritório de Projetos e CIO por 4 anos. É Master em
Project Management pela George Washington University. Participou de programas
de educação executiva na área de TI ( Stanford University, Business School São
Paulo e Fundação Getúlio Vargas). Formado em
Comunicação Social – Jornalismo pela PUC/SP. É Conselheiro de Administração
formado pelo IBGC, Coach pelo Instituto EcoSocial e certificado pelo ICF.
Articulista e palestrante nas áreas de Governança, Tecnologia da Informação e
Gestão de Projetos.
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