Criadora do Gourmet Jr., mostra que é possível educar o
paladar infantil de forma saudável.
Formar o paladar dos filhos requer
empenho e criatividade. Há uma infinidade de orientações para este período tão gostoso e repleto de
descobertas. Foi com essa vontade – de formar o paladar de seu filho, Santiago,
hoje com 5 anos, que Camila Verdeja, 37
anos, criou o site Gorumet Jr.(www.gourmetjr.com.br).
A ideia do é fazer pratos saudáveis, mas ao mesmo tempo práticos e que possam
ser consumidos por todos – pais, inclusive. “Acho fundamental consultar
profissionais especializados para tirar
dúvidas e colher informações. E foi com o apoio da minha nutricionista e do
pediatra do Santiago que desenvolvi alguns macetes para estimular
o paladar dele e criar hábitos saudáveis”, diz Camila.
Confira as dicas:
1) Diversificar o preparo das
papinhas
“Além de variar os ingredientes na
hora de preparar a papinha do bebê, vale a pena revezar no modo de preparo das
receitas. Papinhas feitas com legumes cozidos no vapor são, sem dúvida, a opção
mais saudável. Mas se assarmos esses mesmos ingredientes com um fiozinho de
azeite, o sabor vai ser bem diferente e a
textura também, podendo acompanhar o peixinho grelhado dos pais. Em dias mais
corridos, cozinhar com pouca água pode ser a solução. Fica ainda mais gostoso
se substituir a água por caldo de carne, frango ou legumes congelados, ou, até
mesmo, cozinhar os ingredientes em suco de laranja.”
2) Utilizar os mesmos
ingredientes dos pratos dos adultos para o
preparo das papinhas
“Acostumei a preparar as papinhas do
meu filho com os mesmos ingredientes que
iria usar para os adultos. Além de ganhar
alguns minutinhos a mais na rotina, os gastos com as compras são menores, pois
há menos desperdício e fortalecemos os hábitos saudáveis da nossa família.”
3) Explorar diferentes
texturas, cores e sabores
“O mais importante na formação do
paladar das crianças é variar, variar e variar. Isso pode, em um primeiro
momento, ser sinônimo de mais trabalho, mas em longo prazo os resultados são
animadores. É bom caprichar em diferentes sabores, com temperos frescos,
oferecendo desde uma sopinha rala até pedacinhos de legumes cozidos para os bebês comerem com as mãos. É preciso haver
equilíbrio na oferta dos alimentos, sem priorizar nenhuma textura, sabor ou
cor, mas sim um pouquinho de cada um.”
4) Apresentar os
alimentos para os bebês
“Gosto de contar para o Santiago todos os ingredientes que eu coloco
na comida dele – desde bebê. Os alimentos devem fazer parte da rotina das
crianças e a abordagem não precisa ser feita somente na hora das refeições.
Visitas às feiras e aos hortifrútis podem e devem ser feitas com as crianças
desde pequenas. Brincar de cozinhar, deixar que elas explorem a cozinha (com
supervisão, é claro), cantar musiquinhas e contar histórias, mostrar livros de
receitas, decorar os pratinhos pode ajudar e muito.”
5) Deixar
o bebê “brincar com a comida”
“Muitos especialistas
em alimentação infantil não diferenciam a faixa etária na hora de
sugerir a postura mais adequada à mesa. Muitos não recomendam brincadeiras na
hora das refeições e sugerem que as crianças devam focar na comida por pelo menos
20 minutos. Mas os bebês aprendem brincando, gostam de explorar com as
mãozinhas e levam tudo à boca. Então, por que não utilizar isso a
nosso favor na hora de apresentar os alimentos?”
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