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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Usuários de planos de saúde terão acesso a novo tratamento para forma grave de leucemia linfocítica crônica



Medicação oral é capaz de oferecer nova perspectiva aos pacientes, aumentando a expectativa de vida de 1,5 para mais de 3 anos[1]



Um novo tratamento para uma forma de leucemia foi incluído na lista de cobertura obrigatória pelos planos de saúde. O novo rol prevê que, a partir de 2018, ibrutinibe esteja disponível para o tratamento da leucemia linfocítica crônica (LLC) em pacientes com deleção 17p que receberam no mínimo um tratamento anterior. Estima-se que até 35%[2] dos indivíduos com LLC, tipo de leucemia mais comum em adultos nos países ocidentais, podem precisar da dessa terapia.

Por ser uma forma grave da doença, a LLC com deleção 17p tinha um prognóstico desfavorável, segundo o hematologista e membro da diretoria da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Jorge Vaz. “Sem o tratamento adequado, a sobrevida era de 18 a 24 meses”, revela. Utilizando o medicamento, os pacientes permanecem mais de três anos livres de progressão da doença. Com a aprovação da Agência Nacional de Saúde (ANS), os pacientes com planos de saúde também passam a ter acesso ao único tratamento para LLC com deleção 17p com eficácia comprovada atualmente disponível no mercado.

Ainda de acordo com o especialista, a terapia traz uma nova perspectiva de vida aos pacientes. “Os antineoplásicos orais são o que há de mais inovador. Por serem uma terapia-alvo, eles atuam diretamente no tumor, fazem com que o tratamento seja mais assertivo e com que o paciente sofra menos efeitos colaterais. Além disso, por se apresentarem em forma de comprimido, oferecem mais conforto e comodidade aos pacientes, pois permitem que a terapia seja realizada em casa”, esclarece.

[1] Byrd JC, et al. J Clin Oncol 35, 2017 (suppl; abstr 7510). ASCO, 2017
2 NEJM 2014;371:213


Entenda a LCC com deleção 17p

A leucemia linfocítica crônica afeta os glóbulos brancos do sangue (linfócitos), responsáveis pela defesa do organismo, fazendo com que eles passem a se desenvolver de forma descontrolada e parem de realizar suas funções. Atinge, principalmente, homens com mais de 60 anos. O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais.

“A doença costuma evoluir de maneira lenta, mas quando o paciente apresenta sintomas, como anemia, problema de coagulação, aumento dos gânglios e do baço, febre, sudorese noturna e perda de peso, é preciso iniciar o tratamento. Para isso, investigamos se as células tumorais possuem deleção 17p, pois a alteração genética as torna resistentes à quimioterapia, tratamento normalmente indicado”, explica Vaz.


Sobre o ibrutinibe
Ibrutinibe funciona bloqueando uma proteína específica chamada tirosina quinase de Bruton (BTK). A proteína BTK transmite sinais importantes que dizem às células B para amadurecer e produzir anticorpos, e está envolvida na multiplicação e propagação de células neoplásicas específicas. O ibrutinibe bloqueia a BTK, inibindo a sobrevivência da célula neoplásica e sua replicação.




Janssen
www.janssen.com/brasil


[1] Byrd JC, et al. J Clin Oncol 35, 2017 (suppl; abstr 7510). ASCO, 2017
[2] NEJM 2014;371:213




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