A doença pode
ser grave e ficar atento aos sintomas é essencial para evitar o seu avanço
A Úlcera de córnea, muito conhecida por afetar a
saúde de pessoas, também pode prejudicar a saúde dos animais de estimação. São
machucados na superfície dos olhos e pode variar em termos de gravidade. Por
isso, a avaliação de um veterinário que atue na área de oftalmologia é
essencial.
Identificar se o pet está com problemas nos olhos
pode ser simples, segundo a Dra. Adriana Lima Teixeira, parceira da Comac
(Comissão de Animais de Companhia), do SINDAN (Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para a Saúde Animal) e responsável pelo Serviço de Oftalmologia do
PROVET – SP: “A dor é o principal sintoma e se traduz por olho fechado, na
maioria dos animais afetados. Outros sintomas importantes incluem olhos com a
conjuntiva avermelhada, a córnea opaca, piscar numa frequência maior que o
normal e depressão na superfície ocular como se houvesse um ‘buraquinho’”, explica.
Descobrir a doença no início é fundamental para
impedir que a situação cause danos severos e até mesmo irreversíveis, por isso,
ao menor sinal de alteração no comportamento do pet, o tutor deve levar seu
animal de estimação para uma avaliação com seu veterinário de confiança. Para
uma avaliação adequada dos olhos se faz necessário um exame com auxílio de
lâmpada de fenda, corantes especiais e caso, julgue necessário, o veterinário
poderá realizar coleta de material para um diagnóstico mais preciso.
Há pets mais propensos a desenvolverem a úlcera de
córnea ou doenças oculares como os de raças braquicefálicas, que são os animais
com o focinho achatado como Shih Tzu, Boxer e certas raças de gatos. Os fatores
são diversos, mas conformação palpebral e doenças oftálmicas são mais comuns.
“Algumas úlceras vão requerer apenas tratamento
médico enquanto outras necessitarão também de procedimento cirúrgico, algumas
vezes, de emergência, como no caso dos olhos perfurados ou de úlceras profundas
quando existe uma chance de evoluir para perfuração ocular”, completa a
doutora.
Se não for diagnosticada e tratada rapidamente, a
lesão pode ser a porta de entrada para outras contaminações e gerar infecção
generalizada do olho, evoluir para septicemia (contaminação da corrente
sanguínea) e colocar em risco a vida do pet.
A prevenção é sempre a melhor forma de evitar
doenças oculares, como por exemplo, olho seco, catarata, glaucoma, e não apenas
as úlceras de córnea. Manter a higiene do pet em dia, tosar para evitar que os
pelos tenham contato direto com os olhos, usar shampoos neutros para não
irritar os olhos são medidas importantes. O uso de lubrificantes, quando
indicado pelo oftalmologista, também está entre as práticas que ajudam a deixar
essa doença o mais longe possível.
COMAC
-Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para Saúde Animal
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