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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Inflação sobe em outubro impactada por alimentos e energia elétrica



Estimativa é que IPCA do mês passado seja de 0,45%, novembro deve seguir mesmo ritmo



Nesta sexta-feira, dia 10, será divulgado o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Ampliado) de outubro. A expectativa da MAPFRE Investimentos é de aumento de 0,45% em relação ao mês anterior. Os principais motivos para essa forte alta, frente ao registrado em setembro (+0,16), são alimentos e energia elétrica.

Ao longo do ano acompanhamos um processo deflacionário no segmento de alimentos, graças à boa safra agrícola. De maio até setembro, alimentos e bebidas apresentaram reduções de preços. Conforme nos aproximamos do fim de 2017, a sazonalidade de alta dos preços desses produtos começa a surgir. Este efeito já era verificado nas leituras do IPA (Índice de Preço ao Produtor Ampliado) agrícola, mas como existe uma defasagem de transmissão de preços do produtor rural até o consumidor, somente agora é possível ver que os preços voltaram a subir. Este é um importante fator para compreender o aumento da inflação em outubro.

Outro item importante que vale a pena destacar é o impacto inflacionário da energia elétrica em outubro, quando a bandeira tarifária foi vermelha em patamar 2. Para novembro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já reajustou, em medida de urgência, o valor do patamar da bandeira vigente. Portanto, neste mês também teremos pressões inflacionárias provenientes de energia elétrica.

Com a expectativa de IPCA de 0,45% em outubro, a inflação acumulada em doze meses atingirá 2,73%. Em novembro, a MAPFRE Investimentos espera a continuidade do aumento dos preços de alimentos e, como já apresentado, incorpora o efeito inflacionário de energia elétrica. Dessa forma, a estimativa é que o IPCA em 2017 seja de 3,1%.


Gestão

A semana foi de grande instabilidade nos mercados, com destaque para o brasileiro que apresentou grandes variações em todos os segmentos. A grande expectativa dos mercados girou em torno da nomeação do sucessor de Janet Yellen na liderança do Fed (Federal Reserve). O escolhido pelo governo Trump foi Jerone Powell e, com isso os investidores, voltaram a acreditar que os juros norte-americanos continuarão subindo de forma gradual, mas o efeito mais imediato foi a valorização do dólar frente as principais moedas. No mercado brasileiro, o dólar encerrou a semana com alta de 2,41% frente ao real, cotado a R$ 3,3138, maior patamar desde julho de 2017.

No mercado de renda variável, o Ibovespa encerrou a semana em queda de 2,71%, aos 73.915 pontos. Pesou na avaliação dos investidores a falta de perspectiva para a aprovação da reforma da Previdência e o aumento do risco eleitoral em 2018. O destaque positivo ficou por conta das ações da Cielo, com alta de 14,02%, após a divulgação de resultados acima do esperado pelo mercado. Já pelo lado negativo, as ações da Eletrobrás caíram 16,59% após o líder do governo na Câmara afirmar que o processo de privatização da estatal será feito por meio de Projeto de Lei e não por Medida Provisória.

No mercado de renda fixa local, o movimento foi expressivo em toda a curva de juros futuros. A incerteza tomou conta do ânimo dos investidores, mesmo com a divulgação da ata da última reunião do Copom, quando o Banco Central cortou a Selic em 75 bps. Com isso, a curva de juros passou por ajustes, com ligeira queda na parte mais curta e forte alta nos vencimentos mais longos. Os destaques da semana foram: Jan18 queda de 1,5 ponto; Jan19 estável; Jan21 alta de 31 pontos; Jan23 alta de 37 pontos; Jan25 alta de 39 pontos.





MAPFRE




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