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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Especialistas orientam gestantes na prática de atividade física



A onda fitness continua, mas é preciso ter cautela quando se trata de exercícios impactantes


Muitas mulheres, ao engravidarem, ficam preocupadas com a prática de atividades físicas, desde subir alguns lances de escada, fazer algum esforço dentro de casa, até realizar treinos em academias, devido ao risco. Segundo o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG), a prática de 30 minutos de exercícios diários, de intensidade moderada, para gestantes, é recomendada, sem complicações clínicas ou obstétricas. Estes exercícios, além de contribuírem para a ocorrência do parto normal, proporcionam também outras vantagens.“A mulher que ganha condicionamento físico reduz o risco de nascimento prematuro, o inchaço, o risco de desenvolvimento de diabetes gestacional e até mesmo diminui a intensidade da dor lombar, por conta do aumento de peso extra”, diz Dr. Fábio Cabar, ginecologista e obstetra, membro titular da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP).

A prática deve sempre acompanhar um profissional especializado, pois a sobrecarga de peso pode lesionar algumas articulações e gerar disfunções no assoalho pélvico, uma vez que a gestante já possui uma pré-disposição para a perda de urina involuntária. “O exercício mal direcionado pode levar a gestante a desenvolver a incontinência urinária, pois o peso uterino aumenta bastante com o desenvolvimento do bebê, e a sobrecarga da atividade física dificulta o controle da musculatura dos esfíncteres”, explica a fisioterapeuta Thalita Freitas, especialista em Saúde da Mulher (HC-FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional.

Os especialistas ainda ressaltam que exercícios físicos intensos devem ser evitados durante toda a gestação, pois, nesse nível, há risco de aborto espontâneo, parto prematuro, crescimento fetal diminuído e maior chance de o recém-nascido ter baixo peso ao nascer. “Nas prescrições iniciais, os exercícios aeróbios deveriam ser incluídas, no mínimo, três sessões semanais, com dias intercalados, cada uma com duração de 30 a 45 minutos. A intensidade empregada deve manter uma média estável da frequência cardíaca numa faixa que não exceda 130 a 150 batimentos por minuto”, orienta Dr. Fábio.

Atividades com pouco impacto são as mais aconselhadas. “Exercícios dentro da água, como natação e hidroginástica, e a própria fisioterapia pélvica funcional são atividades recomendadas por diminuírem o impacto sobre as articulações, e excelentes opções para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico”, finaliza Thalita.





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