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quinta-feira, 9 de março de 2017

SBPC/ML alerta para os cuidados com o rim



No Dia Mundial do Rim – 09 de março – Sociedade alerta para a correta prevenção para manter os rins saudáveis e evitar complicações decorrentes da doença renal crônica

O Dia Mundial do Rim é celebrado em 09 de março com o objetivo de alertar a população sobre os cuidados com os rins para a prevenção para da Doença Renal Crônica. A obesidade é uma das maiores vilãs na causa da hipertensão arterial, diabetes e consequente DRC – doença renal crônica e IRC – Insuficiência renal crônica: em indivíduos afetados pela obesidade, os rins têm de trabalhar mais, filtrando mais sangue do que o normal (hiperfiltração) para satisfazer as exigências metabólicas do aumento do peso corporal. O aumento da função pode danificar o rim e aumentar o risco de desenvolver DRC a longo prazo.

Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e estima que até 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais da metade de população está acima do peso (52,5%) e destes, 17,9% são obesos.

Qualquer doença que afete os vasos sanguíneos, incluindo diabetes, hipertensão arterial eaterosclerose, pode afetar a função renal. Doenças e infecções em outras partes do corpo também apresentam risco de provocar um distúrbio renal. Como lesões renais podem causar risco de vida, qualquer doença ou distúrbio que tem possibilidade de afetar o rim merece atenção imediata. Para a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial a prevenção passa ainda pelos exames preventivos corretos, que são detalhados pelo Lab Tests Online BR - LTO BR, site brasileiro atualizado por médicos Patologistas Clínicos e mantido pela SBPC/ML.


Por que os rins são importantes?

O sistema urinário filtra o sangue e elimina do corpo o excesso de água e resíduos na urina. É formado por dois rins, dois ureteres (um para cada rim) que são tubos que conduzem a urina dos rins para a bexiga urinária, e a uretra. Músculos controlam a emissão de urina pela bexiga.

Os rins são dois órgãos em forma de feijão localizados abaixo da caixa torácica, nos dois lados das costas. O corpo tem dois rins, mas apenas um é suficiente para manter a função normal, mesmo quando o outro é lesado ou retirado. Os rins filtram o sangue proveniente da aorta e das artérias renais e o devolvem ao sistema venoso. A urina produzida é movida e eliminada através do trato urinário, formado por ureteres, bexiga e uretra.

Os rins controlam a quantidade e a composição dos líquidos do corpo. Além disso, produzem hormônios que controlam atividades em outros órgãos: a renina participa do controle da pressão arterial, e a eritropoietina estimula a formação de hemácias. Quando falha a função renal, água e resíduos podem se acumular até níveis perigosos, causando risco de vida. As substâncias que têm níveis sanguíneos controlados pelos rins incluem sódio, potássio, cloretos, bicarbonato, cálcio, fósforo e magnésio.

Doenças renais com frequência não causam sintomas até provocarem lesões avançadas, e podem evoluir para insuficiência renal, que é fatal a não ser que o paciente seja submetido adiáliseou a um transplante de rim. Existem mais de 100 distúrbios ou doenças que causam lesão renal progressiva. Alguns dos mais comuns são descritos abaixo, assim como sinais de aviso que não devem ser ignorados.

Sinais e sintomas

As doenças renais com frequência permanecem silenciosas durante muitos anos, semsinaisousintomasreconhecíveis ou com sinais muito genéricos. Por isso, é muito importante fazer exames de rotina. Eles podem revelar sangue ou proteínas na urina ou níveis elevados decreatininae deureiano sangue, que são sinais precoces de lesão renal. Entretanto, alguns avisos de doença renal não devem ser ignorados. É necessário procurar um médico imediatamente quando ocorrem:
  • Inchaço (edema), especialmente em torno dos olhos ou na face, nos pulsos, no abdome, nas coxas e nos tornozelos
  • Urina espumosa, sanguinolenta ou cor de café
  • Diminuição do volume urinário
  • Problemas durante a micção, como queimação ou secreção anormal, ou alteração da frequência urinária, especialmente à noite
  • Dor lombar, abaixo das costelas, perto da localização dos rins
  • Hipertensão arterial
Com o progresso da doença renal, os sintomas podem incluir:
  • Aumento ou diminuição da frequência urinária
  • Prurido
  • Cansaço, perda da concentração
  • Perda do apetite, náuseas e vômitos
  • Inchaço e/ou dormência nas mãos e nos pés
  • Escurecimento da pele
  • Espasmos musculares

Exames

Exames de sangue e de urina detectam problemas renais e permitem minimizar as lesões, se tratadas precocemente. Eles mostram a eficiência da remoção de água e de resíduos pelos rins. Além disso, a pressão arterial deve ser medida porquehipertensão arterialpode causar lesão renal, e doenças renais podem causar hipertensão arterial. Quando há suspeita de lesões estruturais, são usados diversos exames de imagem. Umabiópsiarenal é útil para diagnosticar problemas específicos.


Exames comuns para triagem e diagnóstico
 
Podem ser medidas no sangue acreatinina(e ataxa de filtração glomerular estimada) e aureia. Os níveis desses resíduos aumentam quando diminui a filtração glomerular. Resultados anormais são, com frequência, os primeiros sinais de uma doença renal. Ao mesmo tempo, é examinada uma amostra de urina (urinálise) como parte da rotina, para verificar se há presença de hemácias, leucócitos ou proteínas. Em pessoas comdiabetesou com hipertensão arterial, pesquisa-semicroalbuminúriaanualmente para detectar lesão renal inicial. Quando a creatinina é medida ao mesmo tempo, é possível calcular a relação microalbuminúria/ creatinina, recomendada pela American Diabetes Association, dos EUA. Se há suspeita de infecção, ela pode ser confirmada pelacultura de urina.


Exames para monitorar a função renal
 
Em pacientes com lesão renal, os níveis sanguíneos de ureia e de creatinina são medidos periodicamente para acompanhar a evolução da doença.Cálcioefósforono sangue, eeletrólitosno sangue e na urina podem ser afetados por doenças renais.

Ohemogramaavalia o grau de anemia resultante da falta de eritropoietina,hormônioproduzido nos rins que estimula a produção de hemácias. A proteinúria é usada para avaliar o resultado do tratamento na síndrome nefrótica. Oparatormônio(PTH) pode estar elevado em doenças renais.
Acistatina Cé outro exame usado como alternativa à creatinina e aoclearanceda creatinina para monitorar a função renal. É útil nos casos em que a medida da creatinina não é adequada, como em pessoas comcirrose hepática, muito obesas, desnutridas ou com massa muscular reduzida. A medida da cistatina C também é utilizada para a detecção precoce de doença renal, quando outros parâmetros ainda estão normais, especialmente em idosos.


Exames de imagem 

Quando há suspeita de um problema estrutural ou de um bloqueio, são feitas imagens dos rins. Usam-se ultrassonografia, tomografia computadorizada, cintilografia e diversas técnicas radiológicas, como pielografia, urografia excretora, cistografia e arteriografia renal.


Biópsia renal 

As biópsias são usadas para determinar a causa de proteinúria ou de hematúria e para monitorar o resultado do tratamento. São obtidas com punções orientadas por imagem.

Tratamento

O tratamento varia com o tipo de doença renal. Em geral, o diagnóstico precoce melhora os resultados. Talvez seja necessário estabelecer restrições na alimentação (restrições dietéticas), prescrever medicamentos e fazer cirurgias. Se os rins não conseguem mais eliminar resíduos e água, faz-sediálisediversas vezes por semana, seguida de transplante renal. O controle dodiabetes melitoe dahipertensão arterialé muito importante para evitar ou minimizar lesão renal.






Sobre a SBPC/ML
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma Sociedade de Especialidade Médica, fundada em 1944 e que atua na área de laboratórios clínicos. Com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem como finalidade reunir médicos com Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e de outras especialidades como farmacêutico-bioquímicos, biomédicos, biólogos e outros profissionais de laboratórios clínicos, além de empresas do setor.
A SBPC/ML dispõe de projetos de habilitação e qualificação profissional de acordo com a legislação em vigor, através de atividades voltadas para ensino, pesquisa e divulgação científica em Medicina Laboratorial, tendo como meta principal a saúde da população. Para alcançar esses objetivos a SBPC/ML realiza cursos, jornadas, congressos, eventos relacionados e publicações científicas.



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